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Tributo a Tim Maia recebe Mano Brown em clima festivo


Tim Maia só ligava para três pessoas no Natal: para a mãe dele, para o Roberto Carlos e para o meu pai. Assim o tecladista William Magalhães, filho do falecido membro-fundador Oberdan, explicou a conexão do “síndico” com a banda Black Rio, em um tributo ao músico nesta quarta (19), véspera do Dia da Consciência Negra, no Memorial da América Latina, em São Paulo.

Formada no Rio de Janeiro em 1976, a Black Rio construiu um repertório baseado no funk e no soul com influências de samba e jazz. Em 1999, o grupo retomou suas atividades com uma formação que reúne jovens músicos, incluindo um naipe de sopros, guitarra, baixo, bateria e percussão, além de dois vocalistas, que no show receberam o reforço do cantor Lino Crizz.


Depois de executar algumas composições da própria banda, inclusive do cultuado álbum “Maria fumaça” – “pra mostrar a relação de groove com o nosso querido Tim” –, o octeto engatou um repertório que fez a maioria dos ocupantes dos 850 lugares do auditório se levantar: “Vou com gás”, “Acenda o farol” e “Sossego”.

Canções da fase “Racional” também fizeram sucesso. A seqüêcia de “Guiné Bissau, Moçambique e Angola”, “Rational culture” e “Bom senso” foi a deixa para que Nelson Triunfo, que estava no gargarejo, subisse ao palco. O veterano dançarino, um dos precursores da cultura hip hop no Brasil, mostrou seus passos – e chacoalhou a cabeleira - ao lado de duas b-girls, num dos melhores momentos da homenagem.

'Mulher elétrica'

O grande convidado da noite, no entanto, era Mano Brown. Vestido de preto e com um pingente de cifrão prateado no pescoço, o líder do Racionais MC’s compareceu ao show acompanhado por integrantes do Rosana Bronk’s e do Utime, grupos apadrinhados por ele e sua gravadora, a Cosa Nostra. Visivelmente animado, embora sem sorrir, o rapper evocou Tupac, Zeca Pagodinho, Bezerra da Silva e o Santos Futebol Clube, enquanto cumprimentava os fãs que haviam chegado mais perto do palco.

Mulher elétrica, música que vazou na internet há alguns meses e deve fazer parte do novo disco do Racionais, sucessor de “Nada como um dia após o outro dia” (2002), foi o destaque. Ao vivo, a faixa ganhou backing vocal de rappers e dos cantores da Black Rio, enquanto Brown disparava sua letra improvável, que versa sobre uma garota tão incrível que é tipo “as dez mais da Billboard”.

Do repertório do Racionais, “Para o Belo” e “Vida Loka (parte 2)” foram as outras escolhidas. Depois de uma seqüência de sucessos de Tim pela banda Black Rio – “Não quero dinheiro (só quero amar)”, “Do leme ao pontal”, “Descobridor dos sete mares”, entre outras – Brown só voltou ao palco para encerrar o show com “O homem na estrada”, sobre base de “Ela partiu”.

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