Header Ads Widget

Elza Soares leva “A Voz e a Máquina” para o SESC Santo André



Não é à toa que Elza Soares é reverenciada como uma artista à frente de seu tempo. O show "A Voz e a Máquina" é uma das provas disso. Após fazer um dos melhores shows da Virada Cultural, a cantora volta a SP com esse espetáculo inovador. “A Voz e a Máquina” acontece nos dias 06 e 07 de junho, no SESC Santo André. Elza Soares entra em cena acompanhada de dois DJs – Ricardo Muralha e Bruno Queiroz.


Nesse show, Elza faz a voz e os arranjos musicais e batidas eletrônicas ficam por conta de Ricardo e Bruno, que a acompanham com pads, tablets, teclados e outras ferramentas eletrônicas, misturando o samba com Drum & Bass, House e Techno. No repertório, canções como “Cálice”, de Chico, “Brasil”, de Cazuza e “Chega de Saudade”, de Jobim e Vinícius. Sim, Elza Soares está sempre atualizada com as tendências do mundo da música.

Serviço A Voz e a Máquina em Santo André:
Local: Teatro do SESC Santo André
Datas / horários:
06/06 (sexta), às 21h
07/06 (sábado), às 20h.
Duração: 90min
Ingressos*: R$30 entrada inteira, R$15 meia-entrada e R$6 para a comunidade SESC
*Vendas online de ingressos a partir do dia 26/05 e venda nas unidades SESC a partir do dia 27/05.
 
Biografia:
 
No auge de seus 76 anos, Elza Soares é uma verdadeira fonte de histórias sobre a cultura brasileira. Sempre atenciosa, adora detalhar cada passagem.
 
Sua trajetória foi bem árdua na infância com a família mandando a menina parar de cantar e ir cozinhar. Mas sua estrada passou a se tornar gloriosa a partir do final da década de 50, quando saiu seu primeiro single “Se Acaso Você Chegasse”. O samba, de autoria de Lupicínio Rodrigues, ganhou arranjos de jazz e scats à la Louis Armstrong. Anos depois, em 1962, Elza viria a conhecer pessoalmente o próprio jazzista americano, quando foi ao Chile representar o Brasil na Copa do Mundo da FIFA. Armstrong - o lendário cantor de jazz e um dos melhores trompetistas do gênero - ficou impressionado com sua voz. A jovem Elza, com então de 25 anos de idade, era a madrinha da seleção brasileira de futebol daquele ano.
 
Casada aos 12 anos, mãe aos 13, viúva aos 21, Elza Soares se tornou uma das grandes estrelas da música brasileira. Entre os casos contados por ela; os registrados em sua biografia oficial “Cantando para não Enlouquecer” e algumas informações mentirosas na Wikipedia, não dá para negar que Elza é mulher guerreira e sempre pronta para quebrar paradigmas.
 
Sua primeira aparição num palco foi em 1953, no programa de calouros da Rádio Tupi, comandado por Ary Barroso. A menina magra, com a saia azul roubada da mãe e com os cabelos desgrenhados foi indagada pelo apresentador: “Menina, de qual planeta você veio?”. Sem titubear, ela retrucou: “Do planeta fome”. Em seguida, cantou “Lama”, foi aplaudida de pé e ganhou o prêmio. Ali nascia uma estrela. Curiosamente, Elza só voltou a cantar a música de Paulo Marques e Aylce Chaves em 2008, no filme “Chega de Saudade”, onde atuou e interpretou as 20 canções da trilha sonora, junto com Marku Ribas.
 
A história de quando substituiu Ella Fitzgerald é uma de suas favoritas. O convite veio da cantora americana durante um jantar em Roma - cidade que acolheu Elza quando foi violentamente expulsa do Brasil, durante a ditadura militar. Na mesa estavam Jorge Ben Jor, o Trio Mocotó, o jogador de futebol Mané Garrincha (seu marido, na altura) e Chico Buarque. Fitzgerald ia operar os olhos e convocou Elza para assumir o show de bossa nova que estava apresentando pela Europa. Já em Buenos Aires, sua carreira foi abençoada pelo maestro Astor Piazolla.
 
A discografia de Elza Soares é tão vasta quanto os estilos musicais pelos quais transita. Entre sambas, bossas, boleros, tangos, marchinhas e tantos outros, são mais de 50 discos lançados, coletâneas e centenas de participações especiais pelo Brasil e pelo mundo afora. Mas se há um que “todo brasileiro deve escutar”, Segundo ela, é Elza Soares - Baterista: Wilson das Neves (1968).
 
A ex-lavadeira, ex-funcionária de uma fábrica de sabão, foi a primeira mulher a puxar um samba na avenida e nos anos 2000, foi intitulada a cantora do milênio pela BBC de Londres.
 
O primeiro cachê foi recebido no extinto bar Bonde, em Porto Alegre, onde se apresentou a convite de Lupicínio Rodrigues. Ele a recebeu com rosas no camarim e as flores viraram uma tatuagem no ombro. A partir de maio de 2014, Elza passa a homenagear o saudoso amigo, com seus novos shows, no Rio de Janeiro e São Paulo. No mesmo mês, é eleita pela imprensa como “o melhor show da Virada Cultural”, que aconteceu no Theatro Municipal, em 18 de maio. Em paralelo, a cantora surpreende com o show especial “A Voz e a Máquina”.
 

Postar um comentário

0 Comentários