“Acabava sendo uma forma de colocar pra fora toda raiva e sentimento de desigualdade que através do rap eu pude perceber desde muito cedo, em que posição social eu me encontrava e como seria minha vida. Saca?”
Então eu me apaixonei por essa forma de me expressar através do rap, era como uma terapia até. E desde então eu não parei, a diferença é que agora com experiências de vida eu pude ampliar a minha criatividade de escrita e tô jogando pro mundo tudo que eu tenho aqui dentro, não me limitando.” Complementa.
Suas músicas são uma ótima mistura de Trap e Funk. Abordando questões de sua realidade como: desigualdade social, racial, liberdade sexual lésbica e empoderamento.
Ela nos contou que seu processo de escrita funciona de acordo com o seu desejo de consumir ou não. Foi dai que veio a ideia de escrever uma letra voltada mais para a questão sexual lésbica. A mc teve um grande interesse pelo trap, e não se via representada nas letras onde em sua grande maioria dos sons da cena são de homens héteros. Então como uma forma de quebrar esse paradigma e trazer representatividade para outras minas lésbicas que consomem do mesmo, ela viu a necessidade de escreve sobre.
“Deu muito certo porque foi muito bem recebido esse clipe. E aí eu tive a total confirmação de que está faltando mina lésbica, ou melhor, está faltando VISIBILIDADE para essas minas. E é assim que nasce o meu processo de escrita, normalmente é baseado em situações vividas ou idealizadas, isso aguça muito minha criatividade nesse processo e fluem de forma muito natural.”
Dito tudo isso, a carioca Lari BXD lançou o clipe “Quero te dar”, que fala sobre a liberdade sexual lésbica, que veio para quebrar esse paradigma da cena do Trap atual, composta majoritariamente por homens.
É retratado o ponto direto sobre o que a música diz, sexual casual entre duas mulheres. Aonde é abordado e distribuído muita sensualidade tanto no clipe, quanto na letra da música. A MC traz essa necessidade de representar um grupo no qual consome esse estilo musical.
“Trago essa necessidade de representar um grupo no qual consome deste estilo musical. E digo ainda, que quero representar mulheres negras, lésbicas e toda comunidade LGBTQA+ na qual estou inserida. Se naturalmente isso representar e agradar outras pessoas, com certeza isso será bem satisfatório pra mim também."
Assista ao clipe:
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