Barack Obama falando do Hip Hop

Os artistas de hip-hop dos EUA vêem apoiando abertamente o candidato democrata a Casa Branca, Barack Obama, que divulgou nesta segunda-feira uma nota agradecendo o apoio desta comunidade, que atualmente é um dos gêneros musicais mais populares e influentes daquele país.

Nomes de peso mostram seu apoio através de letras de músicas, camisetas, mixtapes (trabalhos mixados que os rappers lançam antes de um trabalho completo) além de mensagens durante os shows.

Em entrevista ao site da MTV News, o senador falou sobre o hip-hop e contou ser fã do gênero. Em um dos seus discursos realizados em julho, Obama fez uma referência ao rapper Lil Wayne, dono de um dos discos mais vendidos de 2008 (Tha Carter III) e ídolo do medalhista olímpico (também norte-americano) Michael Phelps.

- Eu gosto de hip-hop, mas ultimamente não tenho tido tempo para ouvi-lo o tempo todo - afirmou o candidato que contou ouvir aos rapper Kanye West e Jay-Z em seu iPod.

Para Obama o impacto que o gênero causa vai muito além de algumas faixas com letras um pouco exaltadas.


- Eu sou um pouco mais velho que a cultura hip-hop. Eu estava lá quando tudo começou, mas eu já estava envelhecendo. O que me deixa feliz vendo esta geração é ver a visão empresarial que eles têm. No passado, os músicos eram conformados. Obviamente, eles faziam um bom trabalho mas não tinham uma visão do tipo "Eu vou construir um negócio, eu vou construir meu próprio estúdio". Acredito que os artistas estão mais sofisticados que no passado e isso é uma coisa maravilhosa.

O senador prosseguiu e disse que ele enxerga crescimento no hip-hop e ele está otimista sobre o que aguarda o gênero no futuro.

- O que eu estou começando a ver são artistas que começam a desenvolver responsabilidade social e como eles podem causar um impacto positivo na cultura. E espero que este sentimento continue.

Ao final da entrevista, Obama foi questionado quem é na sua opinião o maior artista de hip-hop de todos os tempos, mas o candidato se desviou da pergunta.

Eu prefiro não responder para não causar problemas - respondeu rindo para finalizar a entrevista que marca a boa fase do candidato, que vem ampliando a vantagem de pontos sobre John McCain, candidato do partido republicano a presidência.