"Ele é tratado como um príncipe em Hai al Mohammadi, um bairro de favelas, mercados, imigrantes e operários marroquinos. Ele também lutou, desde os 15 anos, para abandonar esse bairro, cantando com um dos primeiros grupos marroquinos de rap, o Casa Muslim.
Muhammad Bahri, 29, se orgulha do bairro —que teve papel essencial na resistência popular ao colonialismo francês no Marrocos—, e as pessoas dali se orgulham dele. Elas lhe dão tapinhas nas costas, lhe pagam cafés, perguntam de seus pais e do seu recente casamento e comentam sobre os problemas do local —a pobreza, a polícia, as drogas nos arredores, seus filhos.
Bahri deixou o bairro há cinco anos, mas tenta continuar em contato com seus pais e amigos que vivem ali, em parte para coletar o material que fará suas canções ecoarem. Muitos pobres de Marrocos são analfabetos, e ele acredita que suas músicas podem educá-los. Eu me vejo como um embaixador ou um jornalista e tento chegar às pessoas que não leem jornais, disse."
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