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Novo som do Português L "Desabafo"


"Desabafo" dá sentido e nome à minha nova música, que surge numa altura em que deveria estar a fazer 1001 coisas que não...isto!
Ainda assim o som nasce precisamente daí, da necessidade de fazermos aquilo gostamos e nos motiva para sair da rotina portanto...
"Peço perdão aos presentes, só vim ca desabafar"



Letra:
Dia de merda
Sou meramente pedra prescindível do ciclo da vida
Em esforço para não ser perceptível
A ouvir a banda sonora que invejo não ser minha
Enquanto escrevo algo tão miserável como esta rotina
É impossível ser só eu, antes fosse
Que assim não vinha no comboio a fazer prova de esforço
Sistema nervoso a mil, estou cheio até ao pescoço
Sinto alergia e comichão, é infeccioso
Vejo o vazio em todo o rosto
Conversa do costume falta peso em todo o bolso
O Espirito está minado por um vírus ruinoso
Olho para cima, isto é o fundo do poço

Eles dizem: aproveita o tempo mas por dentro o temperamento
Não me deixa vislumbrar mais nada além de um céu cinzento 
Dá-me cola trás um mento, quero efeito efervescente
Dissipar-me pelo espaço e ser levado pelo vento
Agora vejo como estupido sou
Cheio de obrigações a perder tempo nestas rimas
Um dia inteiro gasto a volta de um som
Que não me vai mudar o rumo nem me vai pagar propinas
Ainda assim escrevo na viagem e no carro penso
Só salvo o dia com o rap, ‘tou-me a cagar
Quero é chegar a casa passar tudo por extenso
Peço perdão aos presentes, só vim ca desabafar

Ainda que sempre a vencer na raça
O que me ultrapassa vai sempre pesar no fim
Por vezes por mais que eu faça 
É um desabafo a fazer o melhor por mim
Ainda que nada mais leve daqui
Já tenho a força pra vencer no fim
Por vezes por mais que eu faça 
É um desabafo a fazer o melhor por mim

E eles dizem: calma não está tudo perdido
Pois não pudera, eu respiro, nem isso é adquirido
É algo inato e garantido à condição de ser vivo
Tão diz la oh esclarecido, é suposto eu estar convencido?
Peço desculpa pelo meu temperamento
Num estado limite, tudo parece mais grave
Capaz de pegar numa serra e depois auto mutilar-me
Em nome do SWAG, do rap da moda e dos bicos de pato
Que agora tudo me sobe a cabeça
Enquanto pensas que não há motivo
Problemas não têm balança, saem feitos à medida
E o sofrimento é relativo

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