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Mumia Abu-Jamal, ex-militante dos Panteras Negras

Reflexão para a liberdade

por CELSO PRUDENTE*

A história de Wesley Cook, mais conhecido como Mumia Abu-Jamal, ex-militante dos Panteras Negras condenado à morte pelo assassinado de um policial na década de 1980, fez surgir ao redor do mundo um grande movimento por sua libertação. O afro-americano é mais uma vítima da flagrante injustiça contra os negros no Estado da Pensilvânia - precisamente na cidade da Filadélfia - e sua prisão tem características religiosamente políticas

Com o propósito do discernimento da perseguição ao indivíduo, que se coloca contra a ordem estabelecida, buscando justiça e resgate da dignidade - algo recorrente à questão racial no mundo - parece oportuno analisar elementos originários da pena de morte, marca da contradição racial nos Estados Unidos. Observa-se na subtração da vida como forma de sanção ao indivíduo contrário à força hegemônica, prática bastante remota, observada em fatos que antecedem, em pouco mais de 1.600 anos, a era do Cristo. Por exemplo, o código de Hamurabi, com a violenta lei de talião, ficou no imaginário popular das relações jurídicas, como "olho por olho, dente por dente". Possivelmente, foi o primeiro registro histórico sugerindo a pena de morte.

Sófocles, na clássica obra de dramaturgia intitulada Antígona, relata que a personagem de mesmo nome buscava fazer valer o direito do sepulcro ao irmão Polinices, considerado traidor porque foi derrotado em uma guerra contra o Rei Creonte, tendo como represália a exposição do corpo para que seus restos mortais fossem testemunhas da derrota e seus desdobramentos. A luta pelo resgate da dignidade do irmão resultou em sua condenação à morte. Situação análoga por contiguidade ao caso do preso político Mumia, vítima da solércia de assassinar um policial que espancava seu irmão, uma vez que era conhecido pela polícia em razão do seu programa de rádio, Voz dos que não têm voz, em favor dos negros da Pensilvânia.

Cumpre lembrar que tem sido recorrente o uso da perseguição e da pena máxima para condenar os chamados "crimes" de ideias, a exemplo de Jesus de Nazaré, caracterizado pela defesa da dignidade, e como na prisão racista a Nelson Mandela, cuja luta vitoriosa contra o Apartheid o celebrizou com o título de Prêmio Nobel da Paz


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