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Ragga/DaceHall Entrevista com Jimmy Luv

Jimmy Luv é figurão do estilo no Brasil; baixe uma porrada de coisas boas pra festas

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O paulistano Jimmy Luv não desmente a alcunha. Sua música é nitidamente voltada para a promoção do amor, o amor de pista, vamos dizer. Ele é mais uma figura do inquietante dancehall brasileiro que tentamos desvendar (veja matéria de ontem com o Alien Man - link). Jimmy é o homem por trás do coletivo Família 7 Velas, projeto que une alguns cantores do estilo e o fez se expandir. A "família" ganhou respeito invadindo, com suas produções, festas e círculos não exatamente restritos à turma do dancehall. O som do Jimmy é menos lo-fi (caseiro) e parece apostar em uma maior clareza de freqüências, isso em comparação ao som do Alien Man. Mas é diversão garantida de todo jeito.

O legal é que música pra baixar não falta, você tem inclusive um disco de 2009 que Jimmy colocou todinho pra download. Quer dizer, é baixar tudo, mandar na sua festa e esperar os casais se formarem... Um apertivo, e vamos lá:

Quando surgiu e como surgiu o teu projeto?
Comecei a cantar ragga por volta de 94. Em 96 entrei pra banda The Funk Fuckers no RJ, e foi aí que comecei a cantar de verdade. Em 99 saí da banda e resolvi seguir cada vez mais uma linha de vocal ragga. Em 2001 voltei pra SP (onde nasci) e segui com um projeto pioneiro que juntava hip-hop e ragga, que era o Enganjaduz. A partir de 2002 comecei minha carreira solo, totalmente voltada para um reggae mais moderno, juntando o roots e o dancehall através do vocal ragga. E foi nesse ano que formei a Família 7 Velas, que foi a primeira crew de cantores de new roots e dancehall que espalhou essa vibe de fazer ragga pelo Brasil, cantado em português.

Principais influências
Escuto todo tipo de som, e de uma certa forma uma coisa ou outra acaba influenciando na hora de escrever. O que mais escuto é reggae mundial feito na linha jamaicana atual (roots e dancehall) e também música inglesa como grime e dubstep. Na parte vocal tenho influência de todos os cantores de ragga das antigas até hoje. Os caras que mais curto são Jah Mason, Bounty Killer, Elephant Man, Mavado, Mr Vegas, Buccaneer, Sizzla, Alborosie e o Shabba Ranks sempre tá presente.

Como define seu som?
Pra simplificar: faço reggae atual, new roots e dancehall. O vocal é ragga. Posso cantar em qualquer tipo de beat: hip-hop, roots, dancehall, soca, 2step, jungle, dub, funk, forró, rock, etc... O vocal sempre vai manter a característica do ragga!

Você sente que as pessoas conhecem esse som do dancehall por aqui?
Conhecem a batida e gostam bastante, dá pra ver nos clubes black que tocam uns raguinhas. Mas a galera não conhece os cantores e não sabe nada sobre a cena e a cultura. Às vezes as pessoas sabem mais do que está rolando por aqui com a nossa pequena cena do que do tá rolando lá fora no momento. Ainda falta criarmos uma identidade entre o dancehall e as pessoas de um modo geral, pra haver uma assimilação e valorização maior da cena.

E a "cena" do estilo aqui no Brasil/ SP? Como anda?
É bem underground ainda mas está crescendo, com certeza. Dá pra ver uma enorme evolução desde 2002 pra cá. Na cidade de SP a cena é mais desenvolvida. Tem um monte de cantor bom, fazemos nossas festas, conseguimos fazer várias apresentações na capital e no interior, estamos alastrando aos poucos nosso movimento. Fazemos um trabalho de formiga, um ajudando o outro como pode. A grande maioria dos produtores de eventos nos deixa de lado, o que dificulta muito pra massa poder conhecer nosso trabalho. Quando temos uma chance de fazer um show grande, a galera pira na vibe, porque é algo que eles nunca viram! No resto do Brasil está crescendo aos poucos também, mas ainda falta aparecer mais cantores e festas pra fortalecer a cena nacional.

Como fazer para o projeto dar certo, ou melhor: o que é dar certo para você?
Dar certo é conseguir me manter fazendo apresentações pelo Brasil. Mas pra isso acontecer, tem que trabalhar bastante, correr atrás divulgando o som em todos os lugares possíveis e impossíveis também.

Uma idéia de show ideal; você costuma fazer shows. Aonde?
Costumo dizer que faço mais apresentações do que shows! Sempre canto em festas do circuito da Rua Augusta, em estilo soundsystem (cantando com a base). Também me apresento com a crew Echo Sound System e desde 2006 faço shows acompanhado da banda de apoio QG Imperial. Eu canto aonde me convidarem. Tem gente do Brasil todo que me pede shows, mas infelizmente não tenho empresário e dependo de convites pra poder chegar até essas cidades. Em São Paulo fiz shows em todo tipo de palco: Credicard Hall, Fnac, Outs, StudioSP, Kazebre, Galeria Olido, Rinha dos MCs, Sarajevo, Expresso Brasil, Espaço das Américas, Aramaçan, Hole Club, Toy Lounge, Status Show, RoseBomBom, Tom Maior, Tapas Club, ID, entre outros. Fora de SP já cantei solo em Curitiba, Rio e Brasília... E fui duas vezes pra Buenos Aires, em 2007 e 2008 (fui o representante brasileiro do 1° Festival Latino-Americano Estilo Deejay).

Você tem algum álbum ou EP gravados? Conte
Eu já produzi muita gente, participei de coletâneas e lancei vários cds. Fiz o cd do Enganjaduz (), do grupo 7.Velas.Crew e vários da Família 7 Velas. Também fiz parte do CD Tempo Vai Dizer do projeto Echo Sound System e saí em várias coletâneas como Yo MTV Raps, Espaço Rap, Circuito Reggae, Ragga Brazil, Uptown Skank e Digitaldubs - Brasil Riddims 1. Ainda produzi a primeira coletânea de um riddim de dancehall nacional, Meia-Noite Riddim e no final de 2008 fiz a primeira mixtape de ragga nacional, Dancehall Brasil, mostrando como a cena vem crescendo em todo o país. Tenho três CDs solo oficiais: Reggae Seu Coração (2005), Taca Mais Fogo! (2007) e Puro Fya (2009).

Fale sobre esse disco de 2009, e me fale quais são as 5 mais "quentes".
Acabo de lançar meu terceiro CD, Puro Fya, onde sigo mantendo um pé na raíz e o outro no dia-a-dia da Babylon através de uma linguagem simples e de uma sonoridade moderna. Escrevo e canto de um modo peculiar sobre temas variados (rastas, sociais, de descontração, de motivação, de reflexão e de amor), e assim minhas letras vão se encaixando nas músicas que vão do reggae-hip-hop ao new roots e do ska ao dancehall, de produtores nacionais (Gustavo Veiga e Cyber) a gringos (Aya Waska da Suíça, Jah Bantan da Espanha, Negroida Barbarie do Chile), e também em riddims da cena mundial - como é de costume no gênero. As participações, mais que especiais, ficam com Alexandre Cruz, Arcanjo Ras, Ms Ivy e Dada Yute, cada um contribuindo em grande estilo para dar um big up extra ao álbum. Tem vários sons já conhecidos pela galera que gosta de baixar sons na net.

5 + quentes do CD: “É Só Cão”, “Puro Fya”, “Fogo Com O Rudeboy”, “Sempre Alerta” e qualquer outra!

Aliás, fale as 5 músicas mais quentes de agora também, no mundo!
Sizzla – “Ghetto Utes Dem Ah Suffer”
Mad Cobra – “Watch Face”
Bugle – “The Cricka”
Lexxus – “100 Dagger”
Mr Vegas – “Mus Come A Road”

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