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Jornalista francesa vai a salvador e escreve artigo sobre a vida do jovem rapper negro Davi da comunidade de pernambués‏

Como todas as estrelas, Negro Davi se faz esperar. Porém, em pouco tempo, ele deixa cair a máscara.  Todas as suas posturas têm apenas uma finalidade: a generosidade.
Negro Davi nasceu e cresceu em Pernambués (comunidade de Salvador). Caçula de uma família de quatro filhos, ele é educado por sua mãe que trabalhou muito para sustentar sua família. « Ela é uma guerreira », diz ele, « é ela que mais me inspira o mais, é minha melhora referência. »

As bases são colocadas. Mesmo que a rua seja seu campo de jogo, ele a nunca esquece os valores maternais. Criança, ele enche seus dias com a escola de manhã, e futebol e boxe de tarde. O que ele prefere é o futebol. Joga na rua, mas também num clube. A mensalidade? Ele a paga vendendo amendoins.
Diz que a comunidade “foi sua faculdade” mas é o rap que o acorda. Graças a essa música, ele percebe o peso das imagens dominantes no seu bairro. “A referência era o branco”, explica ele, “todas as pessoas que conhecia alisava seu cabelo. Muito cedo, eu quis mostrar que o valor das pessoas não depende da cor da sua pele”.
No entanto, ele começa a escrever e a fazer rima e seus textos, deixa crescer seu cabelo e, símbolo supremo,a trança. No seu bairro, todo o mundo insulta-o – “o cabelo Black era para poucos nem todo mundo resistia o preconceito na adolescência ”, narra ele antes de precisar: “Eu nunca usei drogas. Na minha infância eu sempre procurei preencher meu dia a dia, relacionei a musica e educação.”
 
Adequando a palavra e o fato, ele cria um programa de radio comunitária para comunicar-se com os jovens de Pernambués, e para transmitir-lhes mensagens educativas e sociais. Já Davi atrai a atenção das mídias locais. A televisão liga-o para que fale de seu programa e, mais tarde, da comunidade negra no Brasil. No seu bairro, sua imagem começa a mudar. Os insultos viram admiração.
Negro Davi segue seu caminho. “Quero ter minhas coisas por minhas conquistas”, explica ele. Segundo o contexto, ele muda seus estilos, sua maneira de falar mas ele está toda a parte. No lado da musica, o novo estilo que Negro Davi criou misturando rap e samba de roda, tem êxito. Ele gravou um CD e faz shows. No lado social, ele é convidado para contribuir com a ação do GAP, SINDILIMP(BA) co-fundador do GAEEC, segue falando da sua comunidade e participa de movimento sindical em defesa dos trabalhadores. Outras organizações pedem-lhe sua ajuda (o Big Bloco do Gueto e Viva Vida). Ele vira a referência do seu bairro e é convidado pelas escolas do seu bairro e de Camaçari para falar com os jovens.
 
Hoje, ademais das suas atividades voluntárias, trabalha de carteira assinada (onde ele representa os jovens trabalhadores na isp internacional de serviços públicos pelo sindilimp (BA) e participa de uma programa de TV web (Nativa)). Sua alegria maior? Conseguir se alistar em vários projetos no mesmo tempo e ajudar as pessoas.
Olhando no futuro, ele gostaria de continuar a fazer o que esta fazendo agora, melhorando as estruturas em quais ele trabalha e desenvolvendo sua rede. Também, ele quer acordar os jovens e lhe transmitir uma mensagem de esperança. Seria uma vitória para ele que eles assumem sua identidade negra, tenham confiança em si mesmos e sejam envolvidos na sociedade para mudá-la. Esperando esse momento, ele da o exemplo levando no seu coração seu nome de guerreiro: Negro Davi. Uma maneira, talvez, de realizar um sonho seu: inspirar orgulho a sua mãe.

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