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Novo álbum do Kendrick Lamar, To Pimp a Butterfly é "dedicado" ao Tupac",entenda o porque.


Depois do protesto fascista de domingo não se fala em outra coisa a não ser do novo album do Prodígio Kendrick Lamar, na gringa também não se fala em outra coisa.
E o mano Lucas fez uma ótima reflexão sobre o conceito do álbum, falando sobre o que o Lamar esta dizendo no "To Pimp a Butterfly".
Leia.







5 h · Editado · 

Pra quem tá tentando sacar ou se aprofundar ainda mais no novo album do Kendrick, To Pimp a Butterfly:
A interpretação comum do título "To Pimp a Butterfly" é que Kendrick é a borboleta e a industria está tentando agencia-,lo, "cafetiniza-lo"
(O significado casual de Pimp é cafetão, mas aqui com o contexo completo, conseguimos entender) usando sua influência para promover suas vontades. Kendrick está se recusando que isso aconteça e ele vai seguir por conta própria.
Parte da ultima letra, Mortal Man, onde Kendrick Lamar tenta entregar seu poema para Pac.
"A lagarta é um prisioneiro para as ruas que a conceberam
Seu único trabalho é para comer ou consumir tudo ao seu redor, a fim de proteger-se contra esta cidade louca
Enquanto consome seu ambiente a lagarta começa a notar maneiras de sobreviver
Uma coisa que notei é o quanto o mundo se afasta dele, mas elogia a borboleta
A borboleta representa o talento, a reflexão, e com a beleza dentro da lagarta
Mas ter uma visão dura sobre a vida a lagarta a borboleta vê como fraco e descobre uma maneira de 'cafetiná-lo' para seus próprios benefícios
Já rodeado por esta cidade louca a lagarta vai trabalhar no casulo que ele institucionaliza
Ele já não pode ver o passado seus próprios pensamentos
Ele está preso
Quando preso dentro destas paredes certas ideias começam a tomar raízes, como ir para casa, e trazendo de volta novos conceitos para esta cidade louca
O resultado?
Asas começam a surgir, quebrando o ciclo de sentir estagnado
Finalmente livre, a borboleta lança luz sobre situações que a lagarta nunca considerado, terminando a eterna luta
Embora a borboleta e lagarta são completamente diferentes, eles são uma ea mesma coisa."
Cada música é uma composição do que ele falou no fim e do que pretendia entregar para 2Pac.
A história é essa, ele tá lendo um poema, no final de cada música ele começa o poema de novo mas adiciona cada vez mais suas vivências, ponto de vista, angúsitas, sofrimentos, decisões, possibilidades, escolhas a serem tomadas, a busca incessante de respostas para aliviar a dor que come vivo o coração dele, enfim, quando cada som entra está dando ênfase para o que ele esta sentindo e vivenciando no momento em que escreve o poema.
Cada faixa do álbum é uma parte da vivências e visões que o Kendrick tem sobre si mesmo, sobre o racismo institucionalizado que acaba por massacrar os afro-americanos, sobre a complexidade racial que abarca o RAP, sobre suas ansias, planejamentos, sobre como lutar contra isso através da música, as contradições que isso acarreta, o mundo mainstream do rap,enfim, tudo. E que isso no final tem uma enfase resumida no poema que ele sempre vai citando no final de cada track.
Porque ele sente que tupac é a a única pessoa com quem pode contar, se empatizar completamente e que ele é o unico que se importa com as opiniões dele, visto que Pac se sentia da mesma forma 20 anos atrás. Enquanto isso ele se esforça entre tornar toda essa ansia utópica de emancipação em realidade e entrar num sucesso comercial.
Eai? O que fazer?
Kendrick se vê constamente com a industria tentando "pimpa-lo", apesar dele resistir, as vezes ele se sente angustiado porque não vê até que ponto ele pode ser util e relmente em
Ele pensa que pode ser um lider, mas por um outro lado ele não esta querendo ser pressionado.
Sendo um cristão e tendo tentações para o seu novo mundo (Bitch Dont Kill My Vibe?)
A industria fonográfica tem muito poder de sedução, é dificil resistir, principalmente quando se é negro.
O album completo é uma apresentação para Tupac.
O recomeço do poema pode também relatar a falta de auto-confiança de kdot e a depressão que vem através de sons como "u". O fato é que Pac desaparece no final deixando Kendrick Lamar sem respostas, assim como em Section quando Kendrick sonhou com Pac dizendo para não deixa-lo morrer, por que ele era o...
Novamente Kendrick fica sem respostas e o álbum termina com gritos desesperados de Kendrick: Pac, pac, paaaac?
Que compõe com sentimentos negativos e positivos mais um excelente disco, talvez, mais um clássico.
A ligação entre Kendrick e Pac tem servido como um proposito de inspiração para ele, porém o mesmo se sente angustiado, pois Pac nunca irá ver seu trabalho prodígio sendo realizado e executado.
Lembra do que o Kendrick postou no twitter? “Yesterday. March 14th. Was a Special Day,” followed by, “20 yrs."
É um dia especial porque faz 20 anos que o memorável disco do Pac era lançado.
Kendrick lançou seu disco um dia depois que o disco de Pac completava 20 anos, expressando o mesmo sentimento que Pac tinha: It's Me Against the World, baby!
Sobre a Capa 

Assim como grandes álbuns revolucionários do Funk, Soul, Jazz e até mesmo do Hip Hop, citando como exemplo, Lauryn Hill, Public Enemy e Marvin Gaye, Kendrick vem audaciosamente com uma capa que visa questionar e problematizar a situação do Afro-Americano nos EUA. A capa é um pouco diferente do comum, dessa vez ela mostra q as conseqüências de uma revolução negra no gramado da Casa Branca.
A capa presenta um grande grupo de homens negros em sua maioria sem camisa e diversas crianças, incluindo um bebê, embalado pelo próprio Lamar e, possivelmente, uma mulher (Seria Sharene?)
Um homem está falando em seu celular:
(talvez para dizer a um amigo: "Nós vencemos, venha participar da festa!")
Os outros estão com expressões faciais que vão desde a alegria extrema, para uma expressão puramente desafiadora.
Vemos bebidas e bolos de dinheiro um símbolico estilo Scarface que é um sucesso material historicamente conhecido nos círculos de rap.
Na direita, um pequeno menino vira e voa vitoriosamente como um pássaro, acredito que ele esteja mostrando o dedo do meio e o mais ironico disso tudo é que ele está posicionado diretamente acima da etiqueta Parental Advisory - o sinal de alerta inventado por Tipper Gore, em 1985, no auge das guerras culturais, do massacre a população negra e a censura a realidade expressa em Raps, cai como uma crítica as políticas conservadoras de Reagan que Kendrick critica desde Section 80.
A capa do incendiário golpe de misericórdia é o juiz branco - que presumivelmente teve a morte recente é significado pelas cruzes pretas riscadas sobre dos olhos - espalhados em toda frente do gramado, o martelinho balançando molemente na sua mão direita. Se o título do LP é um riff do clássico livro de Harper Lee, "To Kill a Mockingbird", então talvez o juiz morto (que também tem uma notável semelhança com Ronald Reagan) representa o Juiz John Taylor, um homem decente que trabalhava dentro de um sistema quebrado e não poderia salvar Tom Robinson, o homem negro falsamente acusado de estuprar uma mulher branca.
A arte da capa do Lamar - e novo, a música de referência a Ferguson, The Blacker the Berry ("Six in the morn', fire in the street / Burn, baby, burn, that's all I wanna see" - "Seis da manhã, fogo na rua / Queime, baby, queime, é tudo que eu quero ver") - situa o rapper em uma longa história de músicos afro-americanos usando seu meio de se envolver explicitamente, e muitas vezes controversa, com questões interseccionais sobre ao longo das linhas de direitos civis e relações raciais. Artistas de blues como Bessie Smith (1928 - Poor Man's Blues), Josh White (1936 - When Am I Going to be Called a Man), por exempo, se dirigiu ao racismo de frente, apontando um caminho para a música de protesto.
Só mais tarde, no entanto, a música negra política assume uma qualidade visual iconográfica. como pode ser testemunhado nessa legendária capa de LP - todos eles, de uma maneira ou outra, podem ser considerados percursores de "To Pimp a Butterfly".


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