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O COLETIVO MANIFESTO CRESPO PROMOVE VIVÊNCIA, RODA DE CONVERSA E NOITE MUSICAL NA CASA DE CULTURA FAZENDA DA ROSEIRA

A visita faz parte do projeto itinerante do grupo para 2015 e inclui oficina de tranças, turbante e jongo, a atividade dura até o dia 24 de maio e é aberta ao público


“A proposta é que a vivência mescle a celebração com a reflexão”, disse Lúcia Udemezue, 29, produtora, socióloga e integrante do coletivo. 

São Paulo, dia 18 de maio de 2015 - O Manifesto Crespo, coletivo independente com atuação na área cultural e educacional, em parceria com a associação União Popular de Mulheres do Campo Limpo, realizará uma vivência na Casa de Cultura Fazenda da Roseira, em Campinas, nos dias 23 e 24 de maio. A programação foi construída junto com a associação Jongo Dito Ribeiro, responsável pelas atividades culturais e a gestão da casa. Haverá roda de conversa com o tema “Protagonismo das mulheres negras nas manifestações culturais”, oficina de tranças, turbantes, aula de jongo e uma noite musical. A atividade é aberta ao público.


Sueli Chan, fundadora da Zulu Nation Brasil, e Alessandra Ribeiro, liderança na associação Jongo Dito Ribeiro, são as convidadas especiais para o bate-papo. Alessandra é neta de Benedito Ribeiro, que chegou à Campinas na década de 30 e manteve a tradição herdada de antepassados, em Minas Gerais. Ele foi o responsável pela origem da comunidade. O principal objetivo da associação é preservar os costumes, o canto, a dança e possibilitar que a cultural afrobrasileira tenha mais expansão e respeito em suas diferentes formas de manifestação. Sua principal bandeira é o jongo!



“A proposta é que a vivência mescle a celebração com a reflexão. Acreditamos que o fortalecimento da autoestima e o empoderamento da mulher, no nosso caso com um recorte racial, são fortalecidos em ambientes onde a voz, a interação e a possibilidade de partilhar sentimentos sejam possíveis. Encontros como estes aumentam o respeito por nossas histórias e nos revigora para as lutas diárias, principalmente quando essa troca tem o apoio da música e da dança”, disse Lúcia Udemezue, 29, produtora, socióloga e integrante do coletivo.



A visita faz parte do projeto itinerante do coletivo para 2015, que tem o objetivo de fortalecer a conexão com mulheres líderes em quatro comunidades diferentes, vivenciando suas tradições, forma de organização e experiências políticas. O quilombo da Caçandoca, em Ubatuba (SP), e a aldeia Tenondé Porã, localizada em Parelheiros - bairro do extremo sul da capital paulista – já receberam a oficina Tecendo e Trançando Arte. A proposta é ensinar técnicas para amarrações do turbante e o ato de trançar os cabelos em conjunto com uma reflexão dos aspectos históricos e culturais. 



Em seu quarto ano de existência, a oficina Tecendo e Trançando Arte já atingiu mais de mil pessoas, maioria de mulheres, em São Paulo e região. Após ser contemplado pelo Prêmio Lélia Gonzalez (Protagonismo de Organizações de Mulheres Negras), lançado em 2014 pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) e Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), o coletivo se estruturou para realizar a atividade em locais essenciais para sua linha de pesquisa. 



Serviço:
Local: Casa de Cultura Fazenda da Roseira
Endereço: Na Domingos Haddad, N°1 – Residencial Parque na Fazenda, Campinas/SP

Programação:
23 de maio
10h30: Oficina de jongo
14h: Roda de conversa às 14h
18h: Oficina de turbantes
22h: Noite musical 



24 de maio
10h30: Oficina de tranças



Sobre o Manifesto Crespo
O Coletivo Manifesto Crespo é composto pelas educadoras Denna Hill, 31, cantora e psicóloga, Lúcia Udemezue, 29, produtora e socióloga, Nina Vieira, 25, designer e fotógrafa e Thays Quadros, 29, produtora. Com mais de um projeto em andamento, a proposta é focada na discussão sobre como o cabelo crespo pode e deve ser encarado de uma forma criativa, fazendo com que se desmistifique a ideia de que existe cabelo ruim. A partir dessa abordagem, busca reconhecer seu valor e fortalecer a memória e a autoestima de homens e mulheres negros, numa luta pelo resgate de origens – uma vez que o Brasil tem a maior população originária da diáspora africana. 
Conheças todos os projetos em http://manifestocrespo.org.

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