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Iveth Marllenne, a MC que luta pelos direitos das mulheres #FeministaMoçambicana



Passaram 5 anos desde o lançamento do teu álbum de originais, intitulado “O convite”. Para quando podemos esperar um novo trabalho da Iveth?
Brevemente. O próximo álbum está a ser preparado para que esteja nas prateleiras em 2016. A maturidade dos meus trabalhos requerem serenidade na preparação. Mais um pouco e já terão os discos em mão.

O teu vídeo mais popular no YouTube é o da música “4 Estações”, com a participação de Miguel Xabindza. Como foi o processo de composição desta canção e a inspiração para o videoclip?
O processo de preparação da letra foi interessante e tive que pesquisar um pouco sobre as características das estações do ano. Acho que compará-las com o amor foi interessante uma vez que os momentos bons e as frustrações são cíclicos. Acredito que é também uma forma de incentivar os casais a encarar os invernos do amor como uma fase e que os verões voltarão.



Por falar em inspiração, referes frequentemente o nome de Lauryn Hill como tua maior influência. Atualmente, o que andas a ouvir?
Interessante! Ouço de tudo e leio de tudo. Atualmente escuto música tradicional moçambicana e muitos trabalhos de Npfani Npfumo. E leio Mandela - “Um Longo Caminho Para a Liberdade”.

Além de seres rapper, és também jurista, docente e ativista dos Direitos Humanos. Numa entrevista referiste que estas áreas são complementares e não antagónicas. De que forma é que o teu trabalho influencia o teu processo de composição musical?
O cantor faz uma leitura da sociedade e a descreve nas suas composições. Devem imaginar como o direito me fornece matéria para fazer essas leituras...através de estórias de vida e de injustiças cometidas. Na verdade eu canto a sociedade e tento torná-la melhor por via da música e trabalho na área dos direitos humanos e tento tornar a sociedade melhor por via do direito. Por tal, digo que faço a mesma coisa de formas diferentes.
Iveth Marllenne


Qual consideras ser a característica mais importante para o teu sucesso enquanto autora e artista?
As causas que abraço!

Defenderes e reforçares a presença feminina no Hip-Hop é um dos teus objetivos. Consideras-te uma feminista? Como vês as mulheres na indústria musical?
Eu sou por excelência ISTA! Artista, rap-ista, ativista, jurista e também feminista. Luto pelos direitos das mulheres!

E colocando a música de parte, qual é a tua opinião acerca de Maputo, enquanto cidade?
Uma cidade em desenvolvimento e que carece da contribuição de todos para ser melhor. É agradável, linda, única e bela mas tem problemas de tráfego, gestão de resíduos sólidos, entre outros.

Como sabes, o Kaymu é uma plataforma que põe em contacto compradores e vendedores, tentando incentivar o comércio local. Achas importante existirem sites como este em Moçambique?
Claro! Hoje, mais do que nunca a música deve ser comercializada por via eletrónica e o vosso site apoiará bastante nesse aspeto.


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