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O rapper Japão (Viela 17), fala sobre seu DVD "26 anos de Rap Nacional" e sua caminhada na cena




Este DVD foi lançado no ano de seus 26 anos atuante no rap, vamos do começo. Como você conheceu o rap e quando decidiu que queria ser rapper..?

R: Conheci o rap nos meados de 1985 através de "melô" que tocavam em rádios em Brasília, logo após conheci Thaide e DJ Hum, MC Jack e alguns grupos que surgiam no DF dai então em 1989 conheci o grupo Esquadrão Mcs do qual fiz parte e decidi ser um rapper por gostar da cultura e ter um meio de contribuição usando minhas ideias e voz como instrumento de alerta, denuncia e transformação.

Já ouvi o GOG contestando que o Hip Hop começou em São Paulo, ele diz que em brasília e outras cidades pelo brasil a fora simultaneamente também tinha sua cena. Como era a cena Hip Hop em Brasilia quando você começou..?

R: Brasília e as suas cidades satélites já ouvia como disse inicialmente os "melôs" que já tinha uma rima engajada e também se tinha há bastante tempo atras uma cultura do Break Dance, Brasília herdou a cultura carioca de equipes de som que faziam e fazem até hoje festa voltadas ao público da Black Music até o hoje. Nelson Triunfo morou na Ceilândia na década de 1970 por acreditar na cultura logo após foi morar em São Paulo.

Mano boa parte do publico do Noticiário Periférico, tem uma faixa de idade que talvez não lembre disto, mas você fazia parte da Família GOG, que apesar de levar as iniciais do nome do GOG (Genival de Oliveira Gonçalves), era um grupo formado por DJ Mano Mix, Dini Black, Gog e você. Você ficou no grupo por 8 anos, deve ter sido uma grande escola, fale desta experiencia..

R: Sem duvida participar do grupo GOG foi uma escola onde aprendi muito e pude mostrar meu trabalho e ser respeitado por isso, participei do Grupo a convite do próprio GOG por indicação de Dj Raffa Santoro amigo pessoal e meu produtor até hoje, a ideia da Família G.O.G surgiu logo após a minha saída onde entraram outros integrantes, destaco entre eles Gato Preto e Crônica Mendes.

Inclusive esta formação se apresenta no DVD, deve ter sido algo incrível reviver esta época..

R: Com o GOG, Dino Black e Dj Manomix vivi os melhores momentos no Rap Nacional, juntos viajamos o Brasil quase todo e levamos boas mensagens, estar com eles no DVD sem sombra de duvidas foi um marco não somente para minha carreira mas para o Rap Nacional.

Em São Paulo, quando se fala da Ceilândia, é como se falasse do Capão Redondo, Jd Ângela, Paraisópolis, Itaquera e por ai vai, sempre enfatizam a violência, como se só existe isto. Fale um pouco sobre a Ceilândia, como ela é atualmente.

R: Você ao perguntar acabou respondendo, a Ceilândia é como a CDD no Rio de Janeiro, Alto Zé do Pinho em Recife, Capão, Itaquera, Paraisópolis em SP, Restinga em Porto Alegre e várias outras cidades nas grandes metrópoles acabam carregando essa sina por se tratar de lugar populosos a margem da sociedade que rege esse país, mas aprendi a extrair o que tem de melhor e empurrar guela abaixo da burguesia nosso poder de mudança, isso faz do Rap o maior meio de comunicação e transformação periferia para a população marginalizada. 


Em que momento você sentiu a necessidade de criar o Viela 17 ..?

R: Assim que sai do grupo GOG, assinei um contrato com a gravadora paulistana Zâmbia Fonográfica para fazer um álbum solo que se chamaria Viela17, mas vendo que DJ Manomix e Dino Black também saíram do grupo, os convidei e o que era pra ser o nome do disco solo passou a ser o nome do grupo hoje com outras formações, vejo o Viela 17 também como uma escola.


Você é um rapper de miliano, mas seu ultimo trabalho do 20 de 40, soa bem atual, mostra que você não parou no tempo. O que você ouvi de musica atual..? seja do rap ou não.

R: Nunca parei de ouvir Rap, existe materiais maravilhosos como existe uma parcela de lixo fonográfico, ouço tudo e trago pra mim a melhor essência, sou um cara que passeio fácil do underground ao tradicional, em vários momentos sou samba de raiz, reggae, rock, gangsta e romântico, sou camaleão e me adapto fácil a realidade atual, sou um leitor quase assíduo mas um caçador de informação útil.

Alem de rapper você mantem a marca Viela 17 SHOP. Como é ser empreendedor neste cenário do rap brasileiro..?

R: Não sou não, quem manda em tudo na minha casa é minha esposa Daniela Mara que além de ser minha companheira é produtora do Viela17 Produções, do musical Ceilândia GFunk, da carreira da Rapper Lídia Dallet e da marca Viela17 Shop, eu só me reservo como um admirador dessa guerreira e ajudo no que for preciso, sem ela provavelmente essa marca nem existiria.

Aproveitando, como você lida com a pirataria digital, antes era fita, cd e hoje disponibilizam trampos dos artistas na net, como você lida ou dribla isto..?

R: Gosto de fazer meu trampo sem medir consequências, se vão piratear aí minha produtora resolve se aceita ou se processa, eu sou um artista que gosta de escrever e cantar, quero que minhas ideias e canções cheguem aos 4 cantos do país, sendo assim a pirataria nunca me incomodou, também sou pirata atras do pote de ouro.


Recentemente foi lançado o vídeo extraído do DVD que é a musica "20 de 40". E neste vídeo transparece um cenário e ambiente bem Intimista. Este foi o proposito..? porque.?

R: Gravar o DVD na Ceilândia e mais precisamente na Casa do Cantador foi um sonho realizado, o público foi formado por pessoas que realmente gostam do meu trabalho, a minha produção conseguiu juntar pessoas de vários estados brasileiros e dos brasiliense que fizeram da gravação um momento íntimo e prazeroso, a casa estava cheia de crianças, jovens, adultos e os mais velhos...todos amigos e parceiros de alguma forma.


26 anos de rap não são 26 meses ou dias, o que mudou de la pra cá..? no rap, na sua quebrada, na vida e etc.

R: Mudou muita coisa, sou da época analógica onde fazer música era uma fortuna, fazíamos por amor e muita ajuda, hoje com o processo digital as musicas se tornaram de certa forma supérflua, onde diariamente lançam inúmeras musicas e 1% tem ótima visibilidade.

Esta sua parceria com a Bágua Records, se limita ao DVD ou podemos esperar algum trampo novo..?

R: A gravadora Bagua Records na pessoa do Jairo Andrade me convidou há dois anos atrás para fazer parte do casting da empresa, fui o primeiro fora do estado de São Paulo a fazer parte desse time e me senti muito honrado, não somente no DVD, no single Entre o amor e o desprezo (lançado no primeiro dia do ano de 2016) mas em vários outros trabalhos que virão, estou preparando um novo álbum com participações de vários artistas do Rap, Reggae, Samba que irá ser uma bela mistura, logo menos todos poderão conferir alguns videoclipes e musicas novas, mantendo claro a originalidade e o poder do original Rap Nacional.


Deixe uma Mensagem, para os leitores mano.

Aos amigos e amigas do Noticiário Periférico, meu muito obrigado e estima, temos que fazer de nossas ações veículos transformadores combate o massacre dos poderosos e ativando as comunidades para que se transformem em grandes potências na educação, saúde, cultura e empresariado nesse país onde quem pode mais chora menos.
OBRIGADO
JAPÃO (VIELA 17)




Release do DVD



Sábado, 28 de novembro de 2015, 20h, Casa do Cantador, Ceilândia, público, convidados, Rapper Japão, marco na carreira, realização de um sonho.

O DVD Japão (Viela 17) 26 anos de Rap Nacional teve seu lançamento na segunda quinzena de Agosto/2016, com distribuição nacional pela gravadora Bagua Records e mundialmente pelas redes sociais.

Japão priorizou participações de artistas expressivos do cenário local e contou ainda, com grandes nomes do rap nacional como: GOG, Mano Mix e Flávio Renegado (BH).

No público contamos com amigos, amigas, fãs, família, imprensa local, parceiros de caminhada, crianças, mães e pais de artistas convidados, professores, ativistas, além de pessoas especiais na vida de Japão que fizeram questão de sair de seus estados para confraternizar esse momento ao seu lado.

Uma noite regada de muita emoção, que marcou o reconhecimento principalmente de sua comunidade Ceilândia, pelos 26 anos dedicados ao rap nacional e ter sua mãe pela primeira vez em um show foi a melhor homenagem que ele poderia receber. “Ter minha mãe no palco comigo, pela primeira vez é algo que jamais vou esquecer”, afirma.

O DVD rompeu fronteiras e já entrou para a história do rap nacional, que registrou momentos únicos com dois clássicos do rap com as músicas: “É o terror” e “Matemática na Prática” contando com Japão, GOG e DJ Mano Mix [formação original do grupo GOG].

O sucesso da gravação foi planejado e almejado pelo rapper e toda sua equipe, que trabalhou debaixo de chuva durante três dias para que tudo estivesse impecável para o grande espetáculo, foi realmente uma grande celebração que todos poderão conferir em alta qualidade, legendas em quatro idiomas e algumas peças em braile.


Daniela Mara assina a parte executiva e artística do DVD, sendo responsável também pela produtora e selo musical Viela 17 Produções que conta em seu casting com: Viela 17, Rapper Japão, Ceilândia G-Funk e Lídia Dallet.


O DVD é um ponto de partida para o início de um intenso trabalho e projetos que Rapper Japão promete para esse ano, o DVD chegou às ruas, já aprovado pelo público presente.

Missão cumprida, então palmas pra nós mesmos!”, conclui Japão.

DVD apresentando por Fundo de Apoio a Cultura – FAC | Secretaria de Cultura do DF | Governo de Brasília e Patrocínio Instituto Caixa Seguradora.


Faixas:
  1. Introdução
  2. Inimigo Oculto
  3. O Bonde Prossegue (Renegado faixa incidental) part. Flávio Renegado
  4. A coisa é séria (Flávio Renegado)
  5. Pout-Pourri (Dupla face, Cidadão Paz e Roubando a Cena)
  6. 20 de 40 part. Angel Duarte
  7. Crise Sonora part. Diogo Loko e Marcão (Baseado nas Ruas)
  8. Liberdade Financiada part. Diogo Loko
  9. Entre o amor e o desprezo part. Handriell X
  10. Obrigado DJ Raffa Santoro
  11. Ceilândia Resistência part. Ede C (OBang)
  12. Lá no Morro part. Chris Soul e Buda (SDR)
  13. Vou em frente part. Erani Morais, Marvyn e Cleyton Anselmo
  14. Matemática na Prática (GOG, Japão e DJ Mano Mix)
  15. É o terror (GOG, Japão e DJ Mano Mix)
  16. Assim Será (Vamos lá pro baile) part. Lídia Dallet
  17. Só curto o que é boom

Faixa 1 DJ Xamã (SP)
Faixas 2 a 10 DJ Raffa Santoro (DF)
Faixas 11 a 17 DJ Alan Deff (DF)

Ficha Técnica:

Realização: Viela 17 Produções e Red Empreendimentos Culturais
Produção: Viela 17 Produções e Bagua Records
Produção Executiva: Daniela Mara dos Santos
Direção: Leandro G. Moura
Direção Fotografia: Alan Schvarsberg [COMOVA]
Engenheiro de Som: DJ Raffa Santoro*
Produção Fonográfica: Viela 17 Produções
Roteiro e Direção Musical: Japão (Viela 17)
Direção Geral: Daniela Mara dos Santos e Beto Paiva
Assistente de Produção: Ernani Freitas [Bagua Records]

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