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Sobre ser Homem e Mc: Já reconheceu seu privilegio e o machismo que reproduzimos..?

Antes de vocês começarem a ler quero deixar claro que o texto escrito pelo mano CRC, não é querendo falar pelas minas e nem querer protagonismo de causa, é um texto pessoal dele de uma reflexão de como ele mudou sua postura como Homem e MC.

Sobre ser homem e mc:

Há alguns anos, ainda no extinto "H2D", dupla formada por mim e pelo Rafael "Frenesi", lançamos um som chamado "O que vale", com participação do meu mano Sergio "Fantos Lion".  Esse som é, até hoje, importante pra mim, pois cada MC fala de coisas que realmente valem a pena na vida, trata de questões do ser e não do ter. Porém, na terceira parte do som, há algumas ideias que o CRC de hoje discorda com o de anos atrás: “Satisfação pra mim é poder honrar meu nome, diferente de ‘filha da puta’ que não vale o que come[...] Não dá valor a água que bebe todo dia, por causa de vadia deixa o filho e a família”.
Qual o problema nesses versos? Hoje, ao escutar esse som percebo que, especificamente, nessas letras, há machismo inserido, mas para enxergar isso precisei conhecer pessoas como Carol Ambulante Peixoto, Pri Mastro e Luz Ribeiro. Mulheres que lutam e defendem com afinco a causa feminina e, com as quais, pude aprender a ver as coisas por uma ótica diferente, de modo que, ensinaram-me a respeitar a adversidade de forma empática.
O lance aqui é: será que reconhecemos os privilégios que temos quanto homens? Nos shows de RAP, que participamos, quantas minas estão lá para defender os seus pontos de vista? 
Será que elas não querem defender seus pontos de vista ou falta oportunidade para isso? Acredito, sinceramente, que a segunda opção é a mais válida. 
É incrível como nós nos negamos a ver isso e quando vemos não fazemos nada pra que isso mude. Como disse, anteriormente, ninguém é obrigado a acreditar no que o outro pensa, mas o respeito deve existir.  MC’s são formadores de opinião, formarão inclusive novos rimadores que os surgirão e buscarão inspiração em suas letras. Então, qual é o legado que estamos deixando?
As minas estão na cena, tomando seu espaço, lutando contra todo esse machismo, já colou num Sarau? É incrível a forma com que se posicionam, já ouviu RAP PLUZ SIZE? Procure saber. (OUÇA AQUI O ÁLBUM)
O Rap sempre foi uma ferramenta na luta contra a opressão e o preconceito, é como uma alavanca para autoestima e a mulher assume bem esse papel de livre pensadora, com seu conjunto de pensamentos. Ora! Se ser  MC é sinônimo de luta, porque então oprimimos a mulher e enchemos os vídeo clips com elas seminuas, como se fosse só isso que elas representam?
Já passou da hora de pormos os pés no chão e reconhecermos...


Revisado por Guilherme Luiz


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