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Comemorando 20 anos de rap, Arnaldo Tifu lança o EP #RAP 1997


Quarto trabalho é inspirado na importância do rap e da cultura hip hop em sua construção humana e social

Outubro de 2017 - O MC e rapper Arnaldo Tifu apresenta seu quarto trabalho de estúdio, o EP #RAP 1997, com produção independente de seu selo, Coletivo Riso. Tifu assumiu toda a produção do EP, da direção musical à produção executiva, e encontrou inspiração em sua vivência nas ruas. #RAP 1997 homenageia o ano em que o artista considera seu início na cultura hip hop e no rap de fato, época em que mergulhou no skate, no pixo, no graffiti.

"Todos eles me levaram para fora do meu bairro e me ensinaram as vivências das ruas e a militância na posse negroatividade. Elas me trouxeram consciência e uma visão mais politizada da arte e do hip hop em si, me ensinaram a lutar por causas sociais. Essa é uma característica forte do ABC por ser uma região onde a luta sindical e política tem bastante embasamento", conta.

Além de ser uma continuação dos seus registros fonográficos iniciados com o álbum "A Rima Não Para" (2009), seguido por "A Rima Nunca Para (2013) e "Dias que Resolvi Cantar" (2015), o EP #RAP 1997 é o primeiro de uma série de quatro trabalhos projetados por Tifu para os próximos anos. "Cada um irá abordar um tema central. O #RAP 1997 é uma síntese da minha trajetória desde 1997 até 2017. Traz um pouco da minha visão sobre a arte de fazer rap, sobre amor e identificação com a cultura hip hop. Os obstáculos que temos que superar e como o rap nos ajuda a sermos inseridos na sociedade em um contexto mais amplo", emenda.

Concepção
O processo de criação do EP foi bastante orgânico, segundo Tifu, enquanto ele vasculhava arquivos do passado e trabalhava a necessidade de lançar todas as ideias que até então estavam guardadas em papéis, aguardando voz, levada, batida e vida. Ele contou com o apoio de Nixon Silva, que assina a produção musical e trouxe instrumentais, convidados e participações para acrescentarem ideias e beats às faixas. Nixon Silva ainda mixou todas as faixas do EP.

"Cada convidado fez o que sabia de melhor e foi convocado para fazer o que tinha a ver com a música. Buscamos navegar por ritmos do rap como o Boom Bap em "O Hip Hop Pulsa" e o Trap na faixa "O Rap Salva". A sonoridade é abusada e obesa, intensa, porém simples e fácil de assimilar. As letras foram escritas e inspiradas em manuscritos, ideias e freestyles do meu acervo e memória. O que seria um álbum com 20 faixas foi fragmentado e transformado em uma série constituída por quatro EPs. Esse é só o primeiro episódio", afirma.

Sendo a canção "O Rap Salva" produção de Pedro Simples com colaboração de Nixon Silva, as faixas foram gravadas no EKORD, exceto "O Hip Hop Pulsa", gravada no estúdio Link's. O EP foi masterizado por Cesar Pierri no Studio Flap C4.

Composições da memória
O primeiro single do EP a ser lançado foi "O Rap Salva", que aborda a importância do estilo para salvar vidas, para criar consciência, para resgatar pessoas. "Por meio de influências como GOG, Facção Central, Sabotage, o rap pode salvar vidas e ampliar nossa visão de mundo. A música também fala sobre ensinar e apresentar diversos ritmos que derivam ou influenciaram o rap, do alcance do rap nas plataformas digitais e sobre a ascensão que a cultura de rua vem ganhando, mas que é preciso pregar a consciência sem deixar o rap perder suas referências", opina Tifu.

A canção "Pronto Pra Batalha" é um incentivo para que todos enfrentem as batalhas diárias da vida. É um reconhecimento para aqueles que sobrevivem à dura realidade: "é também uma autoafirmação de que desde quando subi na mesa da professora para mandar minha primeira rima ao vivo eu estava pronto para a batalha. Fala de superação, de sobrevivência, orgulho e autoestima".

"Rap Toda Hora" fala sobre ser fissurado, viciado em rap, trazendo à memória quando o artista deu os primeiros passos no estilo e não conseguia pensar em mais nada. "Nela, cito várias referências do rap brasileiro, de Racionais a Criolo. Fui montando as rimas com os nomes dos grupos e títulos de discos e letras", emenda.

Já a faixa "Não Azeda o Limão", que conta com participação do Avante o Coletivo, é sobre o rap game, uma história de um jovem que superou as adversidades e trocou o fuzil pelo rap a fim de fazer sua revolução pessoal. "Também falamos como esse jovem vê o rap game popularizado e com forte impacto midiático e critica os rappers "Nutella", aqueles que não têm as vivências da cultura de rua e embarcam nessa apenas pelo game e muitas vezes prejudicam a cultura tratando mulheres como objeto sexual, por exemplo", afirma.

Por fim, "Hip Hop Pulsa" é uma homenagem à cultura de rua e ao hip hop que é maior que o rap, que é o estilo de vida: "nela, falo que meu rap é hip hop. Fazendo alusões e analogia aos outros elementos da cultura, "Até minha artéria rima", eu sou hip hop e o hip hop é vital para mim".


Sobre a capa
A capa foi feita pelo designer Denis Freitas e, segundo ele, a ideia geral é mostrar a trajetória do Tifu e reforçar que a caminhada é sempre pra frente, sempre pra cima. “Esse disco fala de uma trajetória, de uma escada sendo percorrida, então desde o começo eu quis representar algo que remetesse a uma ascensão, a uma trajetória. E essa trajetória dificilmente é linear, é organizada e foi assim que eu ‘coloquei’ as letras de “1997”, desorganizado, maluco, um processo sem linearidade, porém que remete a uma linha ascendente. Somado a isso, eu trouxe um plus de hip-hop old school na forma que o volume está composto, na forma que você da o brilho para o volume. Ela representa tudo isso”, explica. 

Dênis Rodrigues tem 32 anos, é designer e mora e trabalha em Santo André (SP). Atua como ilustrador desde 2006, trabalhando para o mercado editorial e publicitário. Em paralelo, faz parte do projeto de intervenção urbana e Street Art B-47, criado em 2005, junto com o designer Tiago Gasques, onde concentram a produção autoral em murais, telas e esculturas. Para conhecer mais: http://b-47.com.br.


Ouça:



Sobre Arnaldo Tifu:
Arnaldo Tifu conheceu a música rap desde muito jovem, ainda quando era apenas uma criança, isso aconteceu aos 9 anos de idade. A primeira lembrança de ter ouvido o primeiro RAP, foi na rua de sua casa, no bairro Condomínio Maracanã, localizado na periferia de Santo André, e a música que tocava era nada mais nada menos que “Nome de Meninas”, do rapper Pepeu.

Tifu tornou-se uma referência da cultura Hip Hop, e destacando-se no cenário musical por ter um estilo autêntico, suas composições diferenciam-se por abordagem de temas não muito presentes no estilo musical. Seu rap tem uma presença muito forte da cultura brasileira, com a influência da literatura de cordel, repente, samba e embolada. Assim, Arnaldo Tifu consegue alcançar novos adeptos. Seu primeiro álbum foi lançado em 2009, "A Rima Não Para", seguido dos trabalhos "A Rima Nunca Para" (2013), "Dias Que Resolvi Cantar", (2015) e o inédito "#RAP 1997.

Ficha Técnica:
Gravado no Estúdio Ekord por Leonardo Marques, exceto a música O Hip Hop Pulsa gravada por Pedro Simples no Estúdio Links
Produzido por Nixon Silva exceto a música O Rap Salva, produzida por Pedro Simples
Mixado por Nixon Silva
Masterizado por Cessar Pierri no Flap C4
Produção Executiva: Coletivo Riso

Conheça!

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