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"Um Corpo No Mundo”, é o primeiro disco da carreira da cantora Luedji Luna

​​(Foto: Tássia Nascimento)

“Um Corpo No Mundo” chega ao mercado para evidenciar o lado mais íntimo da cantora 

Produzido e mixado por Sebastian Notini – que também assina os últimos trabalhos de Tiganá Santana e o premiado “Mama Kalunga” de Virgínia Rodrigues – “Um Corpo No Mundo” foi gravado no Estúdio da YB (SP) e é composto por 11 faixas, algumas inéditas e outras já conhecidas​ ​do​ ​público. Contemplado pelo Prêmio Afro 2017, o primeiro disco da carreira de Luedji Luna carrega uma mensagem de questionamento e pertencimento sobre a  identidade, regidos por melodias que unem ritmos do congo e do batá cubano, com samba, reggae e o batuque baiano. 

É um olhar sobre si mesma a partir do contato, ainda que disperso, com os imigrantes africanos em São Paulo. “Acredito que seja ​a​ ​dissolução​ ​de​ ​diversas sonoridades,​ pois são canções ​que​ ​mostram​ ​uma​ ​África​ ​estendida​ ​e ressignificada. Remete a travessia e o deslocamento. Elementos que resultaram em um disco fluído, com canções que transitam em diferentes referências onde nada é estanque. O que se pretende, na verdade, é levar uma sensação de não-lugar!”, completa Luedji Luna. 

Além de Luedji na voz, a obra apresenta uma verdadeira mistura de povos. A banda é formada pelo queniano Kato Change (guitarras), o paulista criado na Bahia e filho de congoleses François Muleka (violão), o cubano Aniel Somellian (baixo elétrico e acústico), o baiano Rudson Daniel de Salvador (percussão) e o sueco radicado na Bahia Sebastian Notini (percussão). “Os arranjos foram pensados coletivamente, pois era importante que cada músico se sentisse parte do trabalho e não um simples executor. Essa junção resultou uma realização sem fronteiras e de difícil definição. ‘Um Corpo no Mundo’ é um disco do mundo!”, explica a artista. 

Por tratar de assuntos atuais e emergentes, “Cabô” e “Iodo” se destacam ao longo dos mais de 50 minutos de versos e melodias. Enquanto a primeira fala sobre o extermínio da juventude negra dentro da sociedade atual, a outra - composta por Tatiana Nascimento - pode ser considerada uma oração à Yansã ao passear pelas memórias de dores pelo sequestro durante o período da escravidão. “Dentro Ali”, “Na Beira” e “Banho de Folhas” também chamam atenção, pela leveza dançante, além de já serem familiares aos ouvidos dos fãs. "Notícias de Salvador" foi composta em uma parceria dos irmãos François Muleka e Marissol Mwaba.


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