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Confira o #ReferenciAna do lançamento do Projeto Preto, Mina de Ouro


O #ReferênciAna, assim como explica o nome, é uma seção do NP, aonde você vai encontrar algumas de minhas percepções e discussões sobre referências históricas e sociais utilizadas em letras de músicas. 


#ReferênciAna - Mina de Ouro


Projeto Preto é um grupo de rap underground integrado por Anarka, DenVin, D’Ogum e Vibox. No último dia 01 de março, o grupo lançou o som "Mina de Ouro", e foi destaque nos noticiários de rapA música retrata a autovalorização de corpos e mentes pretas
. Acompanhe a letra aqui, e ouvir a música abaixo.

 

Vou discutir sobre as referências com cunho histórico e social que eu percebi utilizadas nos versos de cada rapper, lembrando que são minhas percepções como ouvinte e pode não ser a intenção real de cada um.


O primeiro a rimar é D'Ogum, e logo no primeiro verso ele nos traz referencias a situações históricas que nos faz olhar pro nosso contexto enquanto jovem negro no Brasil. "Rude boy, chuto cu de boy", o termo de rude boy vem dos anos 60, e eram utilizados para chamar aos jovens jamaicanos tido como delinquentes. Esses jovens eram das camadas pobres, onde o ska e o rocksteady eram gêneros musicais populares; eles se vestiam de forma características e considerados "bem vestidos", alguns até incorporavam os chapéus e suspensórios inspirados pelos filmes de gangster norte-americanos, e pelos artistas de soul music. A rivalidade entre esses jovens encontravam-se nos Soundsystems, que deu origem aos DJ`s posteriormente. Depois, no fim dos anos 1960, houve uma grande imigração dos jamaicanos para o Reino Unido, lá havia uma subcultura composta de jovens de classe média, chamados mods, ligados a estilos musicais e tendencias de moda. Os mods e rude boys se identificaram e passaram a andar juntos, posteriormente surgiriam os primeiros skinheads, desvinculados de questões políticas ou raciais, apenas tinham a cabeça raspada. Acredito que nesse verso, D'Ogum traz a essência de "Mina de Ouro", colocando a questão do negro "estiloso" ou melhor dizendo, assumindo um estilo que não é esperado que ele assuma, no caso, estar "bem" vestido, com ternos, suspensórios e tal; e contrapondo ao chutar os boys, pra mim, seria romper essa ligação que os rude boys tiveram com jovens "boys" brancos no Reino Unido, que acabou por dar frutos ruins posteriormente e contra nós negros, os skinheads, no nosso caso seria real identificar até que ponto essa ligação com os boys é nociva pra nós negros.


O próximo verso, segundo o próprio D'Ogum explica, "Calço total 90", faz referência as chuteiras que foram moda entre os jovens, e também aos 90 no sentido de época mesmo, de fundamento do Hip Hop nacional, e que isso foi muito forte pra ele.



A sequência do verso nos trazem nomes importantes, na cultura como um todo e evidencia a importancia do Hip Hop pro rapper e pros pretos e pretas em geral. "Sou Nino Brown",
King Nino Brown ficou conhecido por compor o movimento soul paulistano em 1974, aos 15 anos se envolveu diretamente com os bailes Blacks da região e depois de ouvir e comprar o “LP Revolution of the Mind”, de “James Brown”, passou a compreender o real sentido do Movimento que o contagiara. Em 1980, com o enfraquecimento do movimento Hip Hop no estado, tornou-se um dos mais importantes protagonistas, buscando as origens, fez contato com a Zulu Nation e acabou por fomentar essa cultura no país. D'Ogum é de São Bernardo do Campo, onde residia Nino Brow, e essa ligação fica ainda mais forte por isso. O próximo a cer citado é o Funk & Cia, grupo de break do ícone do Hip Hop, Nelson Triunfo, nome influenciado pelo som dele com Tony Tornado. O grupo enfrentou repressão da polícia na época de 1980, porque viam o break como um ato de subversão e desobediência. Acho que esses dois pontos citados pelo MC, nos faz pensar na origem do Hip Hop no Brasil, e é uma forma dele reverenciar a esses pioneiros.




A sequencia dos versos D'Ogum nos traz referencias a músicas e estilos musicais pretos. "Soul funk, soul dance, break, not trance", ele cita estilos musicais pretos, e cita o trance, que é uma vertente da música eletrônica com origem na europa. "I`m miseducation, you not so fancy", The miseducation é o álbum de estréia solo da sensacional Lauryn Hill, Fancy é uma música da cantora australiana Iggy Azalea. Com essas citações, ele procura trazer de fato "como os preto é foda" e que o padrão branco colocado nas coisas "nem é isso tudo".


"De gueto pra gueto: vitórias, vitórias! De preto pra preto: glórias e glórias!" acredito que esses versos sejam construídos na contraposição também. De gueto pra gueto, assumimos que um gueto é o mesmo em qualquer lugar e que as paradas que nos afetam é duas vezes pior em qualquer lugar, torcer pela vitória dos nossos é necessário. Contrapondo a ideia seguinte, de preto pra preto, porque foi algo colocado pra nós, nos vermos como inimigos. O padrão de masculinidade imposto aos nossos jovens, principalmente negros, nos faz enxergar no outro sempre um inimigo que não merece afeto, por isso desejar glórias a um irmão é algo revolucionário.


A próxima parte de D'Ogum se refere a parte histórica da colonização violenta sofrida pela África. "Ashanti, não escória. Avante pros quilate que é nosso escrito na história" Ashanti, além da cantora de R&B, também é um dos principais grupos étnicos de Gana, tendo um grande império. Inclusive, esse grupo tem grande material na literatura, e em arte com ouro. É necessário dizer que o contexto histórico de comércio do ouro de escravos na região de onde esses materiais provêm coincide com o período do tráfico negreiro para o Brasil. Isso nos leva a entender que D'Ogum quis evidenciar nossos impérios, nossa história de reis e rainhas, pra colocar como escória os países de colonizadores que se apropriaram de tudo, diferente das histórias que nos é contada pelos livros, que os coloca como heróis. "Avante pros quilate que é nosso escrito na história", acredito eu que essa parte sustenta a anterior também. O quilate tem o sentido de ouro mesmo, da região Ashanti que era conhecida como Costa do Ouro, e como isso é nosso e devia estar nas mãos dos pretos. Mas também no sentido de riqueza de cultura e materiais de produção daquela região e da África como um todo.
Quando faz menção ao avanço dos quilates, pros preto. D'Ogum coloca "CHEVERE, CHEVERE", que é uma expressão originária da língua Efik introduzida no Caribe, especialmente a Venezuela no início do século 19 por imigrantes africanos da Nigéria. Em seu idioma original, o termo chévere ou chébere significa coragem, cabeça mais forte ou simplesmente dura e insolente.

D'Ogum finaliza sua parte na música fazendo referências musicais importantes na sua formação. "Ouvindo Cassiano" há os gambé não guenta né?. Cassiano foi um cantor e compositor da música soul no Brasil. Posteriormente, ele menciona Daleste, que foi um jovem MC de funk ostentação, baleado e morto aos 20 anos. E Zói de Gato foi um dos primeiros MC`s do funk proibidão paulistano, natural do Grajaú, morreu aos 16 anos de idade num acidetne de carro. 


O próximo a rimar é Vibox, e ele parece construir toda sua parte do som, num sentido de explorar as ideias do ter uma condição financeira privilegiada não o torna menos preto, e também o fato de que sonhar ter essa condição financeira não é errado, porque assim como vimos na primeira parte da música, fomos saqueados e temos que buscar nossa riqueza e tomar de volta. 

Uso parte da explicação do próprio artista pra começar a contextualizar. Segundo a explicação no site Genyus, "O privilégio de ter uma boa condição financeira nunca apagou ou ofuscou minha negritude. Assim como o privilégio de ter a pele mais clara. Morei 8 anos nos EUA, e lá senti literalmente na pele o que é ser preto. Meus traços, minha ancestralidade e a forma no qual a sociedade branca sempre me viu, deixou bem “escuro” o que sou, o que afirmo e o que quero passar pra frente."

Bom, acho que é importante dizer que houve um processo embraquecedor no Brasil, e que esse processo aliado a violência da miscigenação são responsáveis por muita gente não se reconhecer enquanto negro. De outro lado, pessoas que se utilizam da irmã do vô da vizinha negra pra poder justificar ser afrodescendente e não ser racista. Vibox estampa no seu verso, que apesar da pele mais clara, seus traços e a forma que a sociedade o vê coloca sua condição de jovem negro independente da condição financeira. 
"Chegou os guarda costa, olha o pretin, mais um seguidor pros pretin" aqui ele faz menção ao fato que já foi flagrado por vários jovens negros, que ao entrar em algum estabelecimento são seguidos e acompanhados por seguranças, como se eles fossem sempre roubar algo, como mostra o vídeo abaixo, que viralizou há alguns anos.  


"Seguidor de Martin, não curto confusão, aqui é Malcom, caso queira alguma confusãoMartin e Malcolm, já foram citados no referenciAna pelo menos umas 3 vezes, com honras, já que foram grandes figura na história da defesa dos direitos dos negros americanos. Malcolm e Martin são dois líderes negros que lutaram na década de 60, cada um com seu caminho pautado no que acreditava. Malcolm X teve uma adolescência problemática por causa de seus problemas com a Lei. Foi preso e dentro da prisão se converteu ao Islamismo e quando saiu começou a militar contra a segregação racial no Estados Unidos, possuia um discurso radical e extremista diante da supremacia branca e dos conflitos racias que abalava o país naquele momento.
Já Martin Luther King diferentemente de seu "companheiro" de luta teve uma vida mais tranquila. Era pastor protestante, ativista político e formado em sociologia, tinha idéias pacifistas, um discursos paz e amor ao próximo, uma campanha de não violência, lutava com ações pacifistas, sonhava com integração racial entre negros e brancos e chegou a ganhar o Prêmio Nobel da paz em 1964. Vibox nesse verso quis nos mostrar que pode assumir diversas formas de embate contra o racismo e que é importante que conheçamos essas formas que podemos assumir também. Os estereótipos de "violento" x "pacífico" que se criaram para esses personagens também são formas de estereotipar, já que ambos fizeram muito na luta antirracista, a sua maneira. 



A finalização da parte de Vibox é sobre Chico Rei. "Sou Chico Rei atrás da alforria". Chico Rei, ou Galanga, é o nome de um importante personagem da história oral Mineira desde o século XVII. Ele era rei no Congo, mas acabou chegando no Brasil como escravizado. Durante o trajeto sua mulhere e filha foram lançadas ao mar. Ele e o filho foram levados para trabalhar na Mina da Encardideira, ele trabalhou muito tempo. Há quem diga que eles escodiam ouro nos cabelos. Depois, Chico, comprou a alforria dele e de outros escravos, inclusive a mina. A compra da alforria de outros negros, fazia com que os negros o chamassem de rei. Sendo assim, acredito que essa história tenha a ver com o que o grupo projetou na música pra nós negros e negras, "Pode vir, major, vem, capitão, aqui cês não arruma nada não"!

O refrão sintetiza essas duas primeiras partes da música. Colocando situações em que sempre vai ter um zóião radar de melanina pra tentar atrasar, mas que estamos com outra perspectiva. De tomar tudo de volta, "nós merecemos"!

O próximo a rimar é DenVin. Vou chamar a atenção pra algo que eu não costumo fazer, mas acho importante pontuar. Com o alcance e qualidade da música, o grupo teve o som postado no Instagram do Genius Brasil, e um dos comentários, foi que existia um "abismo intelectual" entre as outras partes e essa, porque ele menciona as "táticas" que usaria para cobrar e pegar o que é nosso. Como eu disse, não tenho muito conhecimento pra falar sobre estrutura de rima, mas o básico pra não passar vergonha eu tenho. Muitos ouvintes de Rap hoje são formados na escola React de formação, onde todo mundo sabe falar multissílabica, punchline entre outras coisas e pouco para pra saber o que é. Quando digo react, são vídeos essencialmente reacts mesmo, diferente de alguns caras que comentam sobre, e passam a visão, como é o caso do Faustino, que inclusive fez uma react sobre esse som. Mas então, voltando a caminhada que estava passando, a estrutura das rimas que DenVin fez, você pode conferir na imagem abaixo. Bom, fazendo uma síntese bem básica sobre. Cada um dos melhores artistas de Hip Hop seguem uma certa estrutura de rima, apresentam linguagem figurativa, com metáforas, simbolismos ou algo do tipo, e possuem um flow característico.  Os raps quase sempre terão uma rima final, que é simplesmente terminar cada linha com uma rima (ou cada par de linhas), mas as mais complexas formas de diagramar as músicas, têm rimas internas. O rap mais antigo, do final da década de 1980 até o início da década de 1990 mais ou menos, apresentava apenas rimas finais, que pareciam básicas, posteriormente, ou o "novo" rap quase sempre possuem rimas internas. Os primeiros rappers conhecidos por usar rimas internas foram Rakim em 1986. Acho que a maioria das pessoas não percebe o quanto que um rap é uma forma de arte. Abismo intelectual na casa do caralho! Projeto Preto é foda! Vamos a letra ...



Mike Tyson (1966) é um ex-pugilista norte-americano. Em 1986, com 20 anos de idade, ele se tornou o mais jovem campeão mundial dos pesos pesados.Tinha dois anos quando seu pai abandonou a casa. Com 10 anos, com as dificuldades financeiras, foi morar em Brownsville, um dos bairros mais pobres e violentos de Nova Iorque. Com 11 anos, Mike Tyson se iniciou no boxe enquanto estava em um reformatório, incentivado pelo diretor da instituição, um antigo pugilista. Em 1996 lutou contra Holyfield, mas perdeu a luta. Em 1997, na revanche, Tyson mordeu a orelha de Holyfield, sendo então desclassificado e banido durante um ano das competições. Dito isso, acredito que o verso de DenVin nos traz a ideia das passagens da vida de Tyson principalmente pra que nos enxerguemos enquanto lutadores, no sentido figurado de lutas diárias e também sobre nocautear os playboys (dessa vez no sentido literal, rs). "Hoje eu acordei tipo o Mike Tyson, tomando no tapa seu Nike e iPhone, mordo orelhas dos Eike. Sai, jão! Domino no ringue e no mic. Vai, drão!"


A sequência do verso, DenVin nos fala sobre a autovalorização das negras e negro, "Cês sabem que os preto são foda, somos diamantes do gueto, não moda", além de evidenciar que no gueto existem muitos diamantes, peças raras, só precisando de oportunidades. 

Jordan Peele é um ator e cineasta norte-americano, mais conhecido por ter feito parte do elenco do MADtv, que foi um programa humorístico de esquetes vencedor do Emmy de melhor programa, e também escreveu e dirigiu o aclamado filme de terror, Get Out, cujo roteiro lhe rendeu um Oscar de melhor roteiro original em 2018. Fazendo essa brincadeira "Não sou censurado, sou Jordancom a censura muito presente nas produções arte-visuais, ainda mais quando se trata de pessoas negras, DenVin traz esse sentido de não vão me calar e ainda vão ter que me premiar como o melhor sempre. 

Mais uma vez trabalhando a autoafirmação das negras e negros, "Eu penduro correntes, não sou pendurado por corda", DenVin diz que não é pendurado por cordas, fazendo menção aos negros e negras mortos por enforcamento nas décadas passadas, e o pendurar correntes significa a riqueza mesmo, dos jovens rappers principalmente, que usam grandes correntes para o estilo. Também para fundamentar a ideia, nesse vídeo, 2Pac coloca a diferença entre os termos "nigger" e "nigga" para a repórter: 



"Abrir meu negócio em Pinheiros sem fim", a crítica mais uma vez direcionada aos playboys, é fácil saber que só vamos ter ações de melhora baseadas no nós por nós, sempre. Os versos acima, nos trazem a ideia de "aplicar meu dinheiro em mim"  como sendo algo figurado, já que parece que ele complementa com o verso seguinte; Pinheiros é um local muito importante em relação à negócios e muitos brancos judeus detém empresas na região, logo, se ele enquanto jovem negro abrir o negócio dele, poderá aplicar o dinheiro em outros jovens negros, ou seja, "nele próprio". 

Em novembro do ano passado, o apresentador William Waack foi afastado da rede globo, porque um vídeo circulou na internet, onde ele aparece fazendo uma ofensa racista. Para justificar depois, ele disse ter dito "coisa de cleiton" e não "coisa de preto" como foi veiculado. O fato gerou várias brincadeiras, e outros sarcasmos, no caso da música, "tem que ser coisa de cleiton" vem no sentido positivo de que só podia ser preto tamanha qualidade nos versos. 

Mais uma vez a influencia de Tupac na criação de DenVin. Tupac Amaru Shakur. A "essência Amaru" é no sentido da família do rapper e da luta antirracista travada por eles. 
"O Rap tá claro e vago, pra mim não importa o valor do show de preto, se tiver caro, eu pago!" ele finaliza sua parte, fazendo menção e crítica ao embraquecimento do rap e da falta de técnica ao fazerem. Mas tambem termina dizendo que é importante fortalecer e apoiar os pretos, sejam artistas da sua quebrada, sejam com maior reconhecimento, porque é pra nós, por nós. 

A última a rimar, é Anarka. Pesadíssima como sempre, a MC concentra seus versos pra passar a visão que complementa o refrão, "pele preta, mesa farta".  

"Escuta esse beat! Diz se não abre o apetite pra escrever um hit?" exaltando o trabalho do beatmaker, essencial pro sucesso dos sons. 

Em seguida, ela coloca a situação da padronização de corpos e rotinas colocados para as mulheres, mas que possivelmente, somente madames que gastam horas e horas na academia conseguem chegar. "pra ganhar dinheiro de madame fit", também parece mais uma crítica das várias que aparecem na música, e tomar de volta cada centavo dos playboys. "Quero din na conta, não caber nos seus padrões de comportamento e shape", aqui ela sintetiza, queremos dinheiro, padrões pro corpo (shape em inglês) deixa pra lá. 

Pleonasmo é a figura de linguagem usada para expressar alguma informação repetida que não precisa ser dita porque é óbvia. Logo, Anarka traz a frase do Racionais "preto tem dinheiro são palavra rivais" então, ela mostrou pros cu como é que faz, "preto e ouro são pleonasmo". E segue derrubando verdades, "resta o sarcasmo pra discurso raso" porque o sarcasmo, que é um deboche, tem sido a alternativa pra muita gente discutir com quem não sabe argumentar, só sabe propagar discurso de ódio. 
Por fim, os dois pé no peito de racista que acha que "comer uma mulata" o faz menos racista. Quem não acompanha a ideia, não tem nada pra trocar. 

Bom, é isso, minhas percepções como ouvinte de algumas referências utilizadas, pode não condizer com a intenção do autor. Deixem sugestões de músicas nos comentários, e críticas também.

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