10 ideias errôneas que temos sobre a África
Uma jornalista Namibiana, Christine Vrey, estava revoltada com a ignorância das pessoas com quem já conversou a respeito de seu continente natal, África. Segundo ela, o mundo ocidental sabe muito menos do que deveria sobre o continente africano, pecando por ignorância e preconceitos. Pensando nisso, Christine elaborou uma lista com dez ideias enganosas sobre o continente. Confira:
10 – A ÁFRICA É UM PAÍS
Pode parecer inacreditável, mas muitas
pessoas, segundo ela, ainda pensam que a África inteira é um país só. Na
verdade, o continente africano tem 61 países ou territórios
dependentes, e população superior a um bilhão de habitantes (o que faz
deles o segundo continente mais populoso, atrás apenas da Ásia).
9 – A ÁFRICA INTEIRA É UM DESERTO
Dependendo das referências (alguns filmes,
por exemplo), um leigo pode imaginar que a África inteira seja um
deserto escassamente povoado por beduínos e camelos. Mas apenas as
porções norte e sudoeste do continente (desertos do Saara e da Namíbia,
respectivamente) são assim; a África apresenta um rico ecossistema com
florestas, savanas e até montanhas onde há neve no cume.
8 – TODOS OS AFRICANOS VIVEM EM CABANAS
A fama de continente atrasado permite,
segundo Vrey, que muitas pessoas achem que a população inteira habite
cabanas com paredes de terra e teto de palha. A África, no entanto, tem
moderníssimos centros urbanos nos quais vive, na realidade, a maior
parte da população. As pessoas que habitam tais cabanas geralmente vêm
de grupos tribais que conservam suas vilas no mesmo estado há muitas
décadas.
7 – OS AFRICANOS TÊM COMIDAS ESTRANHAS
Uma cidade africana, de acordo com a
jornalista, se assemelha a qualquer outra localidade ocidental no
quesito alimentação: pode-se encontrar qualquer lanchonete de fast food,
por exemplo. Christine explica que os hábitos alimentares dos africanos
não diferem muito do nosso, exceto pelo que se come em algumas
refeições, como o “braai” (o equivalente ao nosso churrasco).
6 – HÁ ANIMAIS SELVAGENS POR TODA PARTE
Em uma cidade africana, você verá o mesmo
número de leões ou zebras que encontraria nas ruas de qualquer metrópole
mundial: zero. Não há absolutamente nenhuma condição favorável para
eles nos centros urbanos, é óbvio que vivem apenas em seus habitat
naturais. Se você quiser ir à África com o intuito de observar animais
selvagens, terá que fazer uma viagem específica para esse fim.
5 – A ÁFRICA É UMA EXCLUÍDA DIGITAL
A jornalista Christine conta que ainda
conversa com pessoas, pela internet, que ficam surpresas pelo simples
fato de que ela, uma africana, tem acesso a computadores e internet! Um
dos interlocutores da jornalista chegou a perguntar se ela usava um
computador movido a vapor. Ela explica que a tecnologia não perde muito
tempo em fazer seus produtos mais modernos chegarem até a África, e que
eles estão cada vez menos atrasados em relação ao resto do mundo.
4 – EXISTE O “IDIOMA AFRICANO”
Da mesma forma que ainda há gente que
considera a África um único país, também existem pessoas que imaginam
todos os habitantes do continente falando a mesma língua. Christine
explica que apenas na Namíbia, de onde ela veio, há mais de 20 idiomas
usuais, incluindo mais de um “importado” e alguns nativos. Nenhum país
do continente tem menos de cinco dialetos correntes.
3 – A ÁFRICA TEM POUCOS HOTÉIS
Não é uma missão impossível encontrar
hospedaria em uma visita ao continente africano. As maiores cidades do
continente dispõem de dezenas de hotéis disponíveis para turistas. Só
nas oito maiores cidades da África do Sul, segundo Vrey, existem
372 hotéis.
2 – OS AFRICANOS NÃO SABEM O QUE É UM BANHEIRO
Há quem pense, de acordo com a jornalista,
que todos os africanos sejam obrigados a fazer suas necessidades atrás
do arbusto ou em latrinas a céu aberto. Isso vale, segundo ela, apenas
para as áreas desérticas e vilarejos afastados. No geral, uma casa na
África dispõe de um vaso sanitário muito semelhante ao seu.
1 – TODOS OS AFRICANOS SÃO NEGROS
Da mesma forma que houve miscigenação de
raças na América, devido às intensas migrações de europeus, a África
também recebeu essas misturas. Na Namíbia, por exemplo, há famílias
africanas brancas descendentes de franceses, holandeses e portugueses.
Mas não há apenas isso: o continente também abriga grandes comunidades
de indianos, chineses e malaios, de modo que não se pode falar em “raça
africana”.
Christine Vrey também explica que não existe
uma “raça negra”. Muitas pessoas, de acordo com a jornalista, acham que
todos os negros são da mesma raça ou grupo étnico. Ela conta que já
ouviu pessoas descreverem a própria descendência como sendo, por
exemplo, ¼ britânicos, ¼ hispânicos, ¼ russos e ¼ “negros”.
Isso é um engano: há várias características
físicas dissonantes entre os povos de pele escura. As diferenças começam
pela própria tonalidade: alguns povos têm a pele mais “avermelhada” ou
mais marrom do que outros, e alguns são menos escuros, sem levar em
conta a miscigenação. Não é possível falar, portanto, em “negros”
simplesmente.
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