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Z’África Brasil faz lançamento oficial de ‘Ritual I’ em show no Sesc Belenzinho dia 30, com Thaíde, Amanda Negra Sim e SP Funk


Grupo comemora aniversário de 20 anos de carreira
Z’África Brasil, que comemora 20 anos de carreira, lança o álbum “Ritual I – A Vida Segundo os Elementos do Hip-hop” no Sesc Belenzinho (SP), dia 30 de maio (sábado), às 21h. O show tem convidados especiais, como o rapper Thaíde, a MC Amanda Negra Sim e SP Funk. Os ingressos custam R$ 7,50 para comerciários, R$ 12,50 meia entrada e R$ 25,00 inteira. As 13 faixas inéditas do quinto disco independente dos MCs Gaspar, Pitchô, Funk Buia e o DJ Tano, do Z’África Brasil, podem ser baixadas na internet gratuitamente. Basta acessar o link: http://www.zafricabrasil.com.br/site/?page_id=402
O novo cd do Z’África Brasi, com 52 minutos de duração, mostra um caldeirão surpreendente de sons pela mescla de ritmos, que vai do rap ao maracatu, passando pelo reggae e o samba rock. O percussionista, Fernandinho Beat Box, um dos fundadores do Z’África, ao lado do MC Gaspar, em 1995, participou de duas faixas desse trabalho, além da convidada Amanda Negrasim. Pela primeira vez, o Z’África gravou com a banda Z’africanos.

QUEM É O TERRORISTA ?  - A faixa mais impactante de “Ritual 1”, porém, é “Terrorista - parte 1”, que denuncia o avanço da repressão policial, principalmente nas periferias das cidades brasileiras. “A abordagem da polícia quase sempre trata a gente como terrorista. Mas são os policiais que levam o terror para nossas comunidades”, admite Gaspar. Irônica, a letra levanta uma dúvida e deixa uma pergunta no ar: “Quem é o terrorista?”. O arranjo cria uma atmosfera de suspense, enquanto várias patentes militares são sugeridas pela música como resposta à questão levantada até chegar ao Gabinete Presidencial. “Talvez o terrorista seja da corte marcial? Ou até mesmo do Gabinete Presidencial?”, diz um trecho da composição.

“Nos próximos álbuns, virá ‘Terrorista – parte 2’, que fará um relato das ações do Estado em nossas comunidades, mostrando os jovens que morrem anualmente nesta guerra disfarçada, convivendo diariamente com a repressão”, adianta Gaspar. O ciclo se fecha com “Terrorista – parte 3”: “Vamos falar dos terroristas que estão no poder, no Congresso Nacional”.

O disco faz uma homenagem ao ídolo norte-americano MC KRS One, um dos pioneiros da cultura hip-hop, que foi reverenciado pela ONU e a Universidade de Harvard e é o autor do livro “The of Gospel Hip Hop”. Em 2008, KRS One recebeu o prêmio Lifetime Achievement Award, por todo o seu trabalho e iniciativas como Stop the Violence Movement. No disco, a faixa “O Professor Está de Volta” é dedicada a ele, assim como “O Rap é Grande” é uma homenagem aos rappers brasileiros da geração dos anos 90.

RESISTÊNCIA - “Ritual 1” é o primeiro disco de uma trilogia, produzida pelo MC Pitchô, e busca resgatar a essência do hip-hop, como estilo de vida, visão de mundo, produção de conhecimento e resistência cultural. “Fizemos uma síntese da nossa vivência na cultura hip-hop, a ideologia e o posicionamento político do grupo, cultivado a partir das tradições africanas, que influenciam nossas vidas e traz uma leitura dos choques e conflitos desse mundão, a partir de um olhar da quebrada”, diz Wagner de Oliveira, mais conhecido como MC Gaspar.

A resistência é uma das marcas do cd, afirma Gaspar. “Graças ao hip-hop sobrevivemos aos baques ao longo dessas duas décadas. Além da música, o engajamento natural, que temos em vários projetos sociais, funciona como um motor da nossa arte. É nessas experiências com as comunidades, iniciadas na região do Campo Limpo, Taboão da Serra, Capão Redondo (SP), e que se expandiram pela Zona Sul paulista, na luta para a construção do que chamados de verdadeiros quilombos vivos. Neles exercitamos a libertação, por meio da nossa cultura, repassando os ensinamentos da nossa arte aos jovens, onde aprendemos e contribuímos nas oficinas com foco na formação das novas gerações do hip-hop”, diz Gaspar.

A capa do disco foi inspirada no calendário da cultura Inca, com símbolos Adinkras do oeste da África. Nela, o desenho de uma mandala dourada destaca-se, com ícones impressos no centro do Z’África Brasil. Em volta, estão as representações da cultura Hip-hop: o spray dos grafiteiros; o vinil dos Djs; o microfone dos MCs e o tênis representa os B Boys. Os mapas do Brasil e do continente africano mostram as raízes do grupo, cercadas pelas figuras Adinkras, que representam cada música. A ilustração foi feita por Chambs Cong e a arte gráfica foi da Casa da Lapa.

TRAJETÓRIA - As músicas do Z’África Brasil, integrantes da primeira geração da Universal Zulu Nation Brasil, fundada por Áfrika Bambaataa nos Estados Unidos e, no Brasil, por King Nino Brown e Nelson Triunfo, não só romperam fronteiras, como preconceitos musicais e regionais. Levaram o grupo a trabalhar com músicos de outros estilos e outros países em sua trajetória.

O nome do Z’África foi concebido com a proposta de a letra “Z “ simbolizar Zumbi dos Palmares, líder e ícone da resistência negra no Brasil. “Representa a cultura dos povos da periferia para o mundo”, diz Gaspar.  A explosiva fusão sonora do Z’África já despertou o interesse de músicos internacionais e o prestígio junto à mídia e ao público.

Os MCs do Z’África sentem a necessidade de pensar a realidade como um grupo de hip-hop, além de outros universos. Já participaram de dezenas de coletâneas e gravações dentro e fora do país. Entre os artistas nacionais que já gravaram com o grupo, está Zeca Baleiro, Céu, Fernando Catatau e Toca Ogan.

TRILHAS E MINISSÉRIES - O primeiro disco gravado pelo Z’África foi “Conceitos de Rua”, uma coletânea que contou com vários grupos e artistas do rap italiano, como Ricardo Rumore, Osteria Lyrical, DJ Zetta e Gente Guasta. Foi gravado em Verona, entre os anos de 1999 e 2000. “Antigamente Quilombos e Hoje Periferia” foi o segundo álbum, lançado em 2003, e responsável pela projeção do trabalho dos Z’africanos, que passou a ter suas músicas como trilha sonora de filmes. “Tem Cor Age”, entre 2006 e 2007, foi o terceiro CD. Já, entre 2007-2008, foi produzido “Verdade e Traumatismo”, EP France, com Selo Livin’Astro, gravado na França.

Entre as músicas que viraram trilha sonora do Z’África, está “Mano Chega aí”, no seriado “Turma do Gueto” (2002-2004) da TV Record. No filme “Narradores de Javé”, com direção de Eliane Caffé, em 2003, a música “Casa de Javé” ganhou destaque. Já, no filme Antônia, em 2006, virou trilha “Tá na Responsa”. No elenco, Negra Li, Lela Moreno, Quelynah, Cindy. “Raiz de Glória” foi trilha no documentário “Lutas.Doc”, em 2011, com direção de Luiz Bolognesi, com Selton Mello e Camila Pitanga no elenco.

RAP PARA VINICIUS DE MORAES – Um dos momentos mais marcantes na trajetória do grupo foi o convite para participar do calendário de homenagens ao centenário de Vinícius de Moraes em 2013, em São Paulo. O Auditório do Ibirapuera ficou lotado durante os dois shows, históricos, que eternizaram o encontro do Rap com os jovens da Orquestra Brasileira do Auditório (OBA), da Orquestra Furiosa e do Coro da Escola do Auditório. Na época, foi produzida pelo Z’África uma música exclusiva para reverenciar o ‘Poetinha’.

OFICINAS PARA JOVENS - Em 1997, passou a fazer parte da Posse Conceitos de Rua, uma organização constituída por grupos de hip-hop, que trabalha seus elementos como fundamento cultural, social, político e educacional. O trabalho nas comunidades iniciou pela região do Campo Limpo, Taboão da Serra, Capão Redondo (SP) e expandiu-se pela Zona Sul paulista. A vivência no movimento hip-hop levou o engajamento natural dos integrantes do Z’África a projetos sociais, com o objetivo de atrair a atenção de crianças e jovens por meio da cultura, ao invés das ruas e do crime. E, assim, por meio da arte-educação contribuem até hoje em várias oficinas de formação de novos rappers (Djs e MCs), grafiteiros, B.Boys e B.Gilrs, além de aulas de artes marciais.
Faixas de ‘Ritual 1- A Vida Segundo os Elementos do Hip-hop”
1 – Ritualístico  - Letra: Gaspar
2 – A Vida Segundo os Elementos do Hip-hop - Letra: Gaspar – Participação Fernandinho Beatbox.
3 –O Rap é Grande - Letra: Gaspar
4 – O Professor Está de Volta  - Letra: Gaspar  – Participação Fernandinho Beatbox.
5 – Fiksão    - Letra: Gaspar
6 – Terrorista/ Parte 1     - Letra: Gaspar
7 - Família - Letra: Funk Buia/Gaspar/Zulu Souljah – Participação Zulu Souljah
8 – Temos Que Lutar  - Letra: Funk Buia   
9 – Pra Quem Quer  - Letra: FunkBuia / Gaspar
10 – Sem Dízimo do Frei  - Letra: Gaspar
11 – Pra Onde Vamos? - Letra: Gaspar/Funk Buia / Leandro Kintê – Participação: Leandro Kintê
12 – Força   - Letra: Funk Buia
13 – Rústico  - Letra: Gaspar / Amanda NegraSim – Participação: Amanda NegraSim


DISCOGRAFIA
- CONCEITOS DE RUA
- ANTIGAMENTE QUILOMBRO HOJE PERIFERIA
- TER COR AGE
- VERDADE E TRAUMATISMO
- RITUAL I – A VIDA SEGUNDO OS ELEMENTOS DO HIP-HOP

Z’ÁFRICA BRASIL
Dia 30/05/2015. Sábado, às 21h30.
Comedoria (500 pessoas – acesso para pessoas com deficiência).

Duração: 1h30.
Não recomendado para menores de 18 anos.
R$ 25,00 (inteira); R$ 12,50 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante); R$ 7,50 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes [Credencial Plena]).
Ingressos à venda pelo Portal Sesc SP (www.sescsp.org.br), a partir de19/05/2015, às 18h30, e nas unidades, a partir de 20/05/2015, às 17h30

Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000
Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700


Estacionamento
Para espetáculos com venda de ingressos:
R$ 6,00 (não matriculado);
R$ 3,00 (matriculado no SESC - trabalhador no comércio de bens, serviços e turismo/ usuário).


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