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Flávio Renegado lança clipe de “Luxo só”, falando da luxúria em meio às meninas empoderadas do coletivo Batekoo


O rapper mineiro Flávio Renegado fala sobre a luxúria no clipe de “Luxo só”, faixa de seu último disco, “Outono Selvagem”, que discorre sobre os pecados capitais. “Nós somos luxuriosos por natureza, e o clipe mostra isso, o prazer de sermos felizes. Muitas vezes, nos esquecemos de buscar a felicidade e de sermos nós mesmos”, explica o músico, que aparece, no filme, em uma festa pra lá de animada com as meninas da festa Batekoo, que acontece em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Brasília, trabalhando a questão do protagonismo negro e da conquista de espaços de lazer para a juventude de periferia.
Na festa luxuriosa de “Luxo só”, não faltam bumbuns fazendo twerk e elementos de hard sex, como a máscara terrorista de tricô, a segunda pele de meia arrastão e apetrechos sadomasoquistas. As mulheres invertem os papéis e tomam conta da cena e mostram quem está realmente no comando. “A minha auto-estima já era OK, mas confesso que fiquei mais maravilhosa depois do clipe. Eu, mulher negra, gorda, mãe de dois filhos, sensualizando, foi incrível”, conta Amanda Coelho, da Batekoo. “Essa é a estética da periferia, diversos corpos e belezas, nossa vibe, nosso close. O Flávio teve a sensibilidade de convocar mulheres que, antes, ficavam invisíveis. Isso é empoderamento”, analisa.
Outra dançarina, Renata Prado, ressalta que este tipo de iniciativa é muito importante para uma juventude negra que precisa se ver representada e, mais do que isso, seja incentivada, a partir de clipes como esse, a ser o que quiser. “Isso tudo sem moralismo sobre os nossos corpos, fomos acorrentados por muito tempo, queremos a nossa liberdade, quebrando padrões e tabus. E o trabalho do Flávio traz esta mensagem, de que chegou a vez da juventude negra. É agora”, analisa. Além de Amanda e Renata, participam as dançarinas Camila Anacleto, Joyce Silva, Camila Oliveira Náthalie Silva.

“‘Quis mostrar que a sociedade precisa debater mais os assuntos, tirar o sexo da pauta probida. Se a gente discutir melhor nas famílias e nas escolas estas questões, estaríamos mais avançados nestas pautas. A música é envolvente e tem o ritmo do funk, que, pra mim, é a coisa mais luxuriosa que existe, o ritmo mais luxurioso”, analisa Renegado.
O clipe foi dirigido por André Lefcadito, com direção de fotografia de Fernanda Mattos e edição de Joana Swan.
Rapper apresenta show Afrotrap Ofá, dia 8 de março, no Teatro Rival, recebendo as cantoras Larissa Luz e Lellêzinha (Dream Team do Passinho) e o coletivo Batekoo
Flávio Renegado apresenta o show “Afrotrap Ofá”dia 8 de março, às 20h, no Teatro Rival, em homenagem às mulheres, recebendo as cantoras Larissa Luz e Lellêzinha (Dream Team do Passinho). “Afrotrap Ofá” invoca o som de todas as Áfricas por meio do afrotrap, movimento cultural que ganhou força nos guetos de Paris. O artista incorpora ritmos brasileiros à mistura de trap e percussão africana, e o resultado é um som dançante e místico. A noite conta ainda com DJs da festa Batekoo, coletivo que participou do últime clipe de Renegado, “Luxo só”.
 
No repertório de “Afrotrap Ofá” estão canções de seu último disco, “Outono Selvagem”, lançado em julho de 2016, como “Rotina”, “Pra quê?”, “Maldita” “Luxo Só”, que ganhou clipe assinado pela Toca Tudo Produções. Renegado ainda mostra novas versões para faixas de seus outros discos de carreira, como “Minha tribo é o mundo”, do álbum homônimo, e “Sei quem tá comigo”, do disco de estreia, “Do Oiapoque a Nova York”.

O setlist ainda tem clássicos como “Juízo Final”, de Nelson Cavaquinho, “Maracatu nação do amor”, de Moacir Santos, “Chase the Devil”, de Max Romeo, e “Cordeiro de Nanã”, de Mateus Aleluia e Dadinho, revisitados pelo afrotrap do rapperFlávio Renegado (vocais e guitarra)  será acompanhado por Aloízio Horta (baixo), Marcos Nogueira (teclados), Robson Batata (percussão) e DJ Spider (scratch e programações)
Mais sobre Flávio Renegado
Flávio Renegado já lançou três álbuns, “Do Oiapoque a Nova York” (2008), produzido por Daniel Ganjaman, “Minha tribo é o mundo” (2011), produzido por Plínio Profeta, e o mais recente,  “Outono Selvagem” (2016), com produção do próprio artista. Em sua discografia, ainda constam o EP “Relatos de um conflito particular” (2015) e o DVD “#Suaveaovivo” (2014), gravado no Parque Municipal de Belo Horizonte, com direção artística e cenografia de Gringo Cardia e direção musical de Liminha e Kassin.
O artista foi premiado como artista revelação do Prêmio Hutúz (2011) e foi destaque do ano do prêmio Contigo MPB FM (2011) com seu segundo álbum, “Minha Tribo é o Mundo”. Já fez shows no festival Summer Stage, no Central Park, em Nova York, no festival Back2Black, em edições em Londres e no Rio de Janeiro, no Rock in Rio, com o grupo português Orelha Negra, no festival Temsamba, em Madri, além de uma tour por Cuba e em outros tantos palcos por Brasil, Europa, Oceania e todas as Américas.
Uma característica de sua carreira é o trânsito suave entre as mais diversas vertentes da MPB. Flávio Renegado já fez parcerias com artistas como Mart’nália (música-tema da série global “Pé na Cova”), Fernanda Takai, Guilherme Arantes, Bebel Gilberto, Rogério Flausino (Jota Quest), Samuel Rosa/Skank, Aline Calixto, Toninho Horta e Lenine. Ele também colaborou com a nigeriana Nneka.
Além de toda a atuação como artista, Flávio Renegado é empreendedor social, na comunidade do Alto Vera Cruz, em Belo Horizonte, aonde nasceu. “Não consigo descolar a arte do fazer social”, analisa o artista, que tem projeto voltado para a reabilitação de presos e menores infratores, a oficina Rap-produção.
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