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Saiba quem é Assata Shakur que o Donald Trump exige que Cuba a deporte de volta ao Estados Unidos.

Neste fim de semana sites de rap e sites ligado ao movimento negro norte americano, repercutiram uma das falas do presidente Trump dizendo que só vai retomar negociações com Cuba se Cuba mudar sua politica interna, libertando presos políticos e deportarem pessoas exiladas e ele cita Assata Shakur que é acusada de matar um policia de Nova Jersey, e por isto é Procurada pelo FBI.

E nós do Noticiario Periferico também repercutimos a matéria, mas eu Hebreu cometi o erro de só traduzir a matéria ao pé da letra que tava resumindo ela a "Madrinha do Tupac", sem pelo menos dizer quem é Assata Shakur. 
Não foi minha intenção, pois conheço os corre dela de "miliano". Pra quem ainda não conhece fique com um pouco da historia dela.


Assata Olugbala Shakur (nascida JoAnne Deborah Byron , 16 de julho de 1947), cujo nome de casado era Chesimard, é uma ativista negra, membro do Exército de Liberação Negra de esquerda (BLA), que foi Condenada por assassinato em 1977. Ela escapou da prisão em 1979 e fugiu para Cuba em 1984, obtendo asilo político.

Entre 1971 e 1973, Shakur foi acusada de vários crimes e foi objeto de uma perseguição polivalente . [Em maio de 1973, Shakur se envolveu em um tiroteio em New Jersey Turnpike , no qual o soldado do Estado de Nova Jersey Werner Foerster foi morto e o soldado James Harper foi gravemente agredido; Ela foi acusada nesses ataques.O membro da BLA, Zayd Malik Shakur, também foi morto no incidente, e Shakur foi ferida. Entre 1973 e 1977, Shakur foi indiciada em relação aos seis outros incidentes carregada com o assassinato , tentativa de homicídio , assalto à mão armada , assalto a banco , E sequestro . Ela foi absolvida por três das acusações e três ela foi julgada como culpada . Em 1977, ela foi condenada pelo assassinato em primeiro grau de Foerster e por outros sete crimes relacionados ao tiroteio. 

Shakur foi presa em várias prisões na década de 1970. Ela escapou da prisão em 1979 e, depois de viver como fugitiva por vários anos, fugiu para Cuba em 1984, onde recebeu asilo político . Ela vive em Cuba desde então. Desde 2 de maio de 2005, o FBI classificou-a como um terrorista doméstica e ofereceu uma recompensa de US $ 1 milhão por assistência na captura. Em 2 de maio de 2013, o FBI adicionou-a à Lista de terroristas mais procurados; A primeira mulher a ser listada. No mesmo dia, o Procurador-Geral da New Jersey ofereceu para combinar a recompensa do FBI, aumentando a recompensa total por sua captura para US $ 2 milhões. Em junho de 2017, o presidente Donald Trump deu um discurso cancelando a política de reaproximação com Cuba . A condição de fazer um novo acordo entre os Estados Unidos e Cuba é a libertação de prisioneiros políticos e o retorno de fugitivos da justiça. 



Graças a YAH! existe um blog chamado 'ASSATA SHAKUR EM PORTUGUÊS'
Neste blog voce encontra vários textos pró Assata e vários escritos pela Assata, inclusive suas poesias.

Existe varios textos la, mas 3 chamaram minha atenção que foi uma carta aberta escrita pelo rapper Mos Def, a tradução do prefácio do assata que foi escrito pela Angela Davis que tambem era membros dos Black Panthers. E um artigo que fala sobre a Família Shakur.
Como são texto um pouco grande, os 2 primeiros deixei trechos e o links para vocês lerem e sobre a familia repliquei aqui na postagem. Boa Leitura.


  • Assata Shakur: A terrorista pro governo é nossa heroína pra comunidade
  • Por Mos Def (conhecido desde 2011 por Yasiin Bey), em 2005


No começo de maio, o governo federal lançou um comunicado no qual rotulava JoAnne Chesimard, conhecida pela maior parte da comunidade Negra como Assata Shakur, como uma terrorista doméstica. Ao fazer isso, eles também aumentaram a recompensa pela sua cabeça de $150.000 para $1.000.000, valor sem precedentes.
Do ponto de vista da polícia, Shakur é uma assassina fugida de policiais. Do ponto de vista de muitas pessoas Negras, incluindo a mim, ela é uma mulher erroneamente condenada e uma heroína de proporções épicas.
Minha primeira memória de Assata Shakur foi os pôsteres de “Procurada” por toda a vizinhança do Brooklyn. Eles diziam que seu nome era JoAnne Chesimard, que ela era uma assassina, uma condenada fugida, armada e perigosa.
Eles a fizeram parecer como uma supervilã, como algo saído de uma história em quadrinhos. Porém mesmo naquela época, quando criança, eu não conseguia acreditar no que estavam me contando.
Quando eu olhava para esses pôsteres e para a fotografia de uma mulher franzina, escura, com ossos da bochecha saltando, com um cabelo afro, eu via alguém que parecia ser da minha família, uma tia, uma mãe.
Ela parecia que tinha uma alma. Mais tarde, no ensino fundamental, quando li sua autobiografia, “Assata”, eu descobriria que não só ela tinha uma alma, como tinha um coração imensurável, coragem e amor.
E eu viria a acreditar que aquele mesmo coração e alma que ela possuía era exatamente o motivo que Assata Shakur foi baleada, presa, incriminada e condenada pelo assassinato de um policial estadual de Nova Jersey.
CONTINUE LENDO A CARTA DO MOS DEF NESTE LINK AQUI


  • Préfacio escrito por Angela Davis pro livro Assata: Uma Autobiografia de Assata Shakur

Na década de 70, enquanto Assata Shakur esperava julgamento por ser cúmplice em um assassinato, eu participei de um evento beneficente na Universidade Rutgers1 em New Brunswick, Nova Jérsei, para levantar fundos para sua defesa. Na época, Assata estava presa na Unidade Correcional para Homens de Middlesex2 . Lennox Hinds, professor da universidade, havia me convidado para ser uma das palestrantes no evento. Lennox era um líder da Conferência Nacional de Advogados Negros3 e representava Assata em um processo federal contestando as condições aterrorizantes do seu confinamento na prisão de Nova Jérsei. Ele havia trabalhado anteriormente no meu caso e nós dois havíamos sido líderes da Aliança Nacional contra a Repressão Racista e Política4 desde sua fundação em 1973. No evento beneficente havia funcionários da faculdade, um considerável número de profissionais negros e ativistas locais que eram o suporte principal de diversas campanhas para libertação de presos políticos da época.
CONTINUE LENDO NESTE LINK AQUI
  • Assata Shakur – Assata, 2Pac e a Família Shakur

Este pequeno texto tem como objetivo jogar uma luz em quem foram os principais nomes da Família Shakur, porém longe de esgotar a biografia de cada um deles.
A Família Shakur é uma família da Costa Oeste dos Estados Unidos, que teve como seu mentor El Hajj¹ Sallahudin Shakur, chamado pelas pessoas mais próximas de ‘Abba’, que significa pai em hebraico. Ele era membro da Muslim Mosque Incorporated, da Organization of Afro-American Unity (Organização da União Afro-americana) e era bastante próximo de El Hajj Malik Shabazz, conhecido mundialmente como Malcom X. Sallahudin era pai biológico de dois dos líderes do Partido dos Panteras Negras na Costa Oeste nos anos 60, Zayd Malik Shakur e Lumumba Abdul Shakur, e serviu como mentor para muitos revolucionários e revolucionárias Negras naquela época.
Muitas pessoas mais jovens que gravitavam em torno de Sallahudin Shakur e eram membros não só dos Panteras Negras, mas de outras organizações revolucionárias Negras, consideravam-no como um pai e passavam a utilizar o sobrenome Shakur. Afeni Shakur tornou-se uma Shakur ao ingressar nos Panteras Negras e casar-se com Lumumba Shakur. Lumumba e Afeni eram parte do caso dos 21 Panteras Negras, famoso processo ocorrido entre 1969 e 1972 na cidade de Nova Iorque, quando 21 membros dos Panteras Negras foram presos e indiciados, acusados de planejar ataques à bomba a duas delegacias de polícia. Todos foram inocentados em 12 de maio de 1971.
Afeni e Lumumba se divorciaram em 1971 após ela ficar grávida enquanto estava presa. No mesmo ano nasceu Tupac Shakur, filho de Afeni com William Garland, também membro dos Panteras Negras. Após separar-se de Lumumba, Afeni continuou usando o sobrenome Shakur e casou-se com Mutulu Shakur, membro da organização Republic of New Afrika (República da Nova Áfrika²), em 1975. Assim, Mutulu tornou-se padrasto de Tupac.
Assata Shakur se tornou parte da Família Shakur ao ser simbolicamente adotada por Sallahudin, não por casamento. Ela adotou esse nome em 1971. No incidente do tiroteio na Rodovia de Nova Jersey, que resultou na sua prisão, Assata estava acompanhada de Sundiata Acoli, que foi preso dias depois, e de Zayd Shakur, filho de Sallahudin Shakur e que foi morto naquele tiroteio. Após ser presa e condenada, Assata fugiu da prisão em 1979 contando com a ajuda de Mutulu Shakur e de membros de outras organizações. Mutulu foi preso  e condenado em 1986, depois de anos vivendo clandestinamente, acusado por roubo a banco e pela fuga de Assata da prisão. Ainda hoje ele se encontra preso e é esperado que saia da prisão em liberdade condicional em dezembro de 2016.
Afeni Shakur escolheu Assata para ser a madrinha de Tupac. Ele cresceu chamando-a de Titia Assata. Como padrinho, Afeni escolheu Geronimo Pratt, um dos líderes dos Panteras Negras em Los Angeles, que foi preso e condenado por assassinato durante um assalto. Ele passou 27 anos na prisão e morreu em 2011.
Tupac Shakur tentou camuflar suas tendencias revolucionárias através do Gangsta Rap, tentando fazer com que membros de gangues da Costa Oeste se politizassem. Tupac foi bastante perseguido pela inteligência norte-americana, não só pelo seus familiares, mas por suas letras, vídeos e conexões dentro de gangues e militantes Negros revolucionários.
Resumindo os nomes mais conhecidos ligados de alguma forma à Família Shakur:
Sallahudin Shakur – Mentor da família Shakur. Era membro da Muslim Mosque Incorporated, da Organization of Afro-American Unity (Organização da União Afro-americana) e era bastante próximo de El Hajj Malik Shabazz, conhecido mundialmente como Malcom X.
Lumumba Shakur – Filho biológico de Sallahudin. Foi casado com Afeni Shakur, mão de Tupac Shakur. Fundador do Partido dos Panteras Negras do Harlem, em Nova Iorque. Morreu em 1986. Foi um dos 21 membros dos Panteras Negras processados no Caso dos 21.
Zayd Shakur – Filho biológico de Sallahudin. Foi membro do Partido dos Panteras Negras do Bronx, em Nova Iorque. Também foi co-fundador do Exército pela Libertação Negra (Black Liberation Army). Foi morto em 1973, no tiroteio da Rodovia de Nova Jersey, que resultou na prisão de Assata Shakur e Sundiata Acoli.

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Zayd Shakur

Afeni Shakur – Foi casada com Lumumba Shakur e com Mutulu Shakur. Foi uma das líderes do Partido dos Panteras Negras do Harlem, Nova Iorque. Também foi uma dos 21 membros dos Panteras Negras processados no Caso dos 21. Está viva até hoje.

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Afeni Shakur

Assata Shakur – Madrinha e tia de Tupac Shakur. Foi presa e condenada por assassinato de um policial no tiroteio da Rodovia de Nova Jersey, em 1973. Escapou da prisão em 1979 e voou para Cuba, onde vive até os dias de hoje com asilo político. Foi membro também do Exército pela Libertação Negra e da Republic of New Afrika.

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Assata Shakur

Mutulu Shakur – Foi casado com Afeni, depois dela ter tido Tupac, tornando-se padrasto dele. Foi co-fundador da Republic of New Afrika e participou da fuga de Assata Shakur da prisão em 1979. Foi preso em 1987 e condenado no ano seguinte. Encontra-se preso até hoje.

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Mutulu Shakur

Tupac Shakur – Filho de Afeni Shakur com William Garland. Foi artista de sucesso nos anos 90 e morreu baleado em 1996, sob condições ainda não esclarecidas. Suspeitas dizem que ele foi baleado devido à rixa entrerappers da Costa Oeste e Costa Leste dos Estados Unidos.

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Tupac Shakur

William Garland – Pai de Tupac. Foi membro dos Panteras Negras em Nova Iorque.

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William Garland

Geronimo Pratt – Padrinho de Tupac Shakur. Foi membro dos Panteras Negras de Los Angeles. Ficou preso 27 anos até o ano de 1997. Morreu em 2011.

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Geronimo Pratt

¹ El Hajj é uma nomeação dada simbolicamente a muçulmanos que realizam a peregrinação Hajj feita anualmente por muçulmanos até a Mecca, lugar sagrado para os seguidores do Islamismo por ser a cidade onde nasceu Muhammad, figura central do Islamismo. A peregrinação é um dos cinco pilares da religião e todo muçulmano precisa realizá-la pelo menos uma vez na vida, desde que tenha capacidades físicas e financeiras.
² A escrita com ‘k’ tem como um dos objetivos o de reconhecer que África não é o verdadeiro nome do continente, mas que foi mudado depois da invasão do continente e da escravização de seu povo.
Por Assata Shakur em Português

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