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Sem paz, Sem sexo!! - Comedia grega inspira filme de Spike Lee (Chi-Raq), que tem em seu enredo inspiração de uma historia africana real


Chi-Raq é um filme dirigido e produzido pelo cineasta Spike Lee, que é famoso pelos seus filmes "dramáticos" que te remete a uma consciência racial e social, o filme mais famoso é o "Faça a coisa certa" e o filme biográfico da Malcolm X.
O filme em em questão o "Chi-Raq" se passa na cidade de Chicago, mas ele se concentra nos bairros da região sul, onde o conflito de gangues é maior.
O filme foi classificado como um drama musical satírico, porque ele foi baseado em Lysistrata de Aristófanes, uma peça clássica da comedia grega na qual as mulheres negam sexo a seus maridos como uma punição por lutar na guerra de Peloponeso. O filme conta com vários atores locais, mas tem muitos atores de respeito como:  Nick Cannon , Wesley Snipes , Teyonah Parris , Jennifer Hudson , Angela Bassett , John Cusack e Samuel L. Jackson .

O termo "Chi-Raq" vem de " Chicago " e " Iraque ", é um termo comum usado por alguns residentes de Chicago para comparar a área com uma zona de guerra devido às taxas de criminalidade extremamente elevadas.


Apesar do filme ser baseado nesta comedia grega, a referencia no filme não é só esta.

Não ligue para os "Spoilers" porque o filme é genial e vocês vão ter que assistir para reparar nas criticas sociais que o Spike Lee introduz no filme.

Cena da primeira reunião das mulheres

Depois que uma menina é morta acidentalmente em um tiroteio de gangue, um grupo de mulheres lideradas por Lysistrata (nome fazendo referencia a peça grega), se organizam contra a violência na região sul de Chicago. A mulheres negam sexo a seus maridos, amantes ou qualquer tipo de homem até que a guerra acabe, até as prostitutas aderiram a greve.
Lysistrata foi inspirada pela africana Leymah Gbowee, quando eu vi esta referencia no filme meus olhos brilharam, porque eu lembrei da historia desta corajosa mulher que li no livro "Guerreiras da Paz".
A liberiana Leymah Gbowee liderou um movimento de paz para parar com a Segunda guerra civil na Libéria negando e encorajando outras mulheres a negarem sexo a seus maridos para que eles não lutasse na guerra. 
O amante de Lysistrata, o líder do rapper / líder Demetrius - apelidado de "Chi-Raq" - retalia intensificando sua disputa com o Cyclops do senhor das gangues. O movimento de Lysistrata desafia a natureza da raça, do sexo e da violência na América e em todo o mundo, e levanta tensões no seu já violento bairro. O resto você só vai descobrir se assistir o filme.

No final desta postagem vou deixar la em abaixo nos comentários do facebook você vai poder baixar o filme mais a legenda ou assistir on line.
Observação para você baixar o filme é preciso daqueles programas de torrent.

O filme eu recomendo que você assista, pois agora vamos falar sobre a Leymah Gbowee.



Leymah Roberta Gbowee nasceu na cidade de Monróvia na Libéria em 1 de fevereiro de 1972, ela foi a ativista africana encarregada de organizar o movimento de paz que colocou fim a Segunda Guerra Civil na Libéria em 2003. Depois do tratado de paz e expulsão do ditador de seu pais, Leymah conduziu a eleição de Ellen Johson-Sirleaf como a primeira mulher presidente de um país africano. Leyamah em 2011 ganhou o prêmio Nobel da paz junto com sua compatriota Sirleaf.

O dia em que 3 mulheres ganharam o prêmio Nobel da paz. (Tawakkul Karman, Leymah Gbowee, and Ellen Johnson Sirleaf)

Ela nasceu na zona central da Libéria. Aos 17 anos morando na capital foi quando a Segunda Guerra Civil estourou. Durante este tempo formou-se como terapeuta e durante a guerra civil trabalhou com crianças que foram meninos-soldados do exercito de Charles Taylor, Politico ditador.
Rodeada pelas imagens de guerra Gbowee se deu conta que "se qualquer mudança tivesse de acontecer na sociedade isso teria que ser feito pelas mães. Leymah tem 6 filhos.
A mulheres do movimento pela paz da Libéria demonstrou ao mundo que os movimentos populares são essenciais para manter a paz, que as mulheres em cargos de lideranças são eficazes para a paz e a importância dos movimentos de justiça social culturalmente relevantes.  A experiência na Libéria é um ótimo exemplo para o mundo de que as mulheres, principalmente as africanas de que podem ser condutoras da paz.
Assim como a heroína criada pela dramaturgo grego que reuniu espartanas e atenienses e propôs a negação de sexo a seus maridos para dar fim à "Guerra de Peloponeso", as mulheres da Libéria, superaram diferenças étnicas e religiosas em prol do fim de guerra civil no país, que deixou mais de 200 mil mortos.
Com manifestações diárias e a greve de sexo, o grupo liderado por Leymah Gbowee chamou atenção da comunidade local e internacional e foi um foco de pressão para que o acordo de paz fosse assinado pelas facções politico-militares da Libéria em Accra, capital de Gana.


Fundada por colonizadores norte-americanos, a Libéria representa mais um capítulo da participação decisiva de potências econômicas na divisão geográfica da África e na consequente escalada das disputas étnicas no continente. Com a eleição de James Monroe à presidência dos Estados Unidos em 1816, a American Colonization Society iniciou a estratégia de enviar escravos libertos de origem africana de volta à terra natal. Os americano-liberianos chegaram à costa oeste da África e logo se tornaram uma elite local. A segregação entre os chamados “honorables” (honrosos) e os povos indígenas africanos alimentou uma tensão racial que teve reflexos diretos nas duas guerras civis da Libéria, entre 1989 e 2003.

Fonte: Wikipedia e Carta Capital.







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