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A tela é delas! 4ª Mostra de Cinema Feminista promove debates sobre as lutas das mulheres


Na programação, que acontece de 8 a 16 de março, além da exibição de cerca de 70 filmes, haverá rodas de conversa com as diretoras convidadas

Com a missão de dar visibilidade às produções cinematográficas realizadas por mulheres e promover debates sobre as lutas dos movimentos feministas, a Mostra de Cinema Feminista chega a sua quarta edição, estreando uma grade internacional em sua programação.

Além das exibições de filmes de todas as regiões do país, serão exibidos 16 filmes estrangeiros, enviados de 11 países (Rússia, Portugal, Cuba, Argentina, Espanha, Equador, Chile, Colômbia, Irã, Alemanha e Dinamarca).

A programação é inteiramente gratuita e acontece no Sesc Palladium (Avenida Augusto de Lima, 420, Centro), de 8 a 16 de março (exceto segunda-feira, 12 de março). As sessões têm início a partir de 18 horas nos dias 8, 13 e 14 de março, a partir de 16h30 nos dias 9, 15 e 16 de março, e às 15 horas nos dias 10 e 11 de março.

Caminhos para o diálogo

Fruto de um evento de luta de mulheres - Diversas: Feminismo, Arte e Resistência, a Mostra de Cinema Feminista traz filmes que discutem o universo do feminismo negro e racismo, feminismo indígena, saúde e direitos reprodutivos, abuso e violência, emancipação e empoderamento e as questões LGBT.

A montagem da grade do evento, considerou as diversidades, as interseccionalidades, os olhares e cosmologias que mesmo que originárias de mundos distantes são essencialmente familiares entre si. A ideia da Coletiva Malva, realizadora do evento, é que essa programação tão diversa funcione como uma ferramenta para criação de pontes de diálogos entre os diversos lugares de fala e bandeiras de lutas das mulheres.

Para a integrante da Coletiva Malva, Mirela Persichini, a mostra vive um momento muito potente e a junção de todas essas questões relativas ao feminismo num mesmo local pode fomentar o diálogo. “Entendemos que existe uma demanda de diálogo e o encontro pode fortalecer essas múltiplas falas que compõem os movimentos de luta das mulheres”, ressalta.


A mostra, que tem a parceria do Sesc Minas Gerais, recebeu 379 inscrições entre filmes nacionais e internacionais, dos quais 69 serão exibidos, promovendo uma diversidade temática para o debate e proporcionando a proximidade à multiplicidade do cinema feito por mulheres no Brasil e no mundo.

“Estamos muito contentes e honradas com o material que vamos disponibilizar para o público esse ano e, temos a nítida sensação de estarmos contribuindo e crescendo juntamente às lutas feministas do país, marcando nossa postura no setor audiovisual, lutando contra o assédio nos sets de filmagem e produtoras e vivenciando, que o lugar da mulher é sim, no cinema! ”, reforça Rita Boechat, uma das integrantes da coletiva.

Sobre a programação

As exibições são distribuídas em sessões que trazem em seus nomes os gritos que têm ecoado pela luta feminista ao longo dos anos. A abertura da mostra, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, será com a Sessão Lute como uma Mulher e a Sessão Existimos Porque Resistimos.

Além da exibição de curtas, haverá um debate sobre a representação da mulher negra no cinema que contará com a participação da diretora do curta Em busca de Lélia, Beatriz Vieirah, de Débora Rodrigues (Quilombo dos Pinhões) e Juhlia Santos (Beijo no seu preconceito).

No dia 9, serão as sessões A Mulher É O que ela Quiser e Se o Papa fosse Mulher..., e o encerramento dessa noite será com a exibição do longa Las mujures deciden, seguida de debate sobre direitos reprodutivos.

No terceiro dia de mostra, 10 de março, a sala será ocupada pelas sessões O Que Você Sente Não É DramaMexeu com uma Mexeu com Todas e Essa Terra É Minha. Nessa noite será exibido o longa Tekoha - O som da Terra, que relata a participação das mulheres na luta contra o avanço do agronegócio sobre corpos-terras indígenas no Mato Grosso do Sul. O tema do debate dessa noite será mulheres indígenas e o direito à terra, e terá a participação de Avelin Buniacá e Valdelice Veron, diretora de Tekoha - O som da Terra)

No dia 11 de março, serão as sessões Sou Livre, Sou Luta, Sou Minha e a Sessão Torna-se mulher, que exibirá filmes voltados para o público infantojuvenil.

E no dia 13, serão as sessões Uma Mulher Que Levante Outras Mulheres e Vamos Juntas, Estamos na Luta. E no dia 14, será a sessão Meu Corpo Minha Revolução. A noite será encerrada com Lírios não nascem da Lei, seguida de debate sobre representação da mulher encarcerada com a diretora Fabiana Leite e as integrantes da Coletiva Malva.

No dia 15, a sala de cinema recebe as sessões Liberdade É Não Temer e Nós Sempre Podemos Mais. No encerramento da mostra, dia 16 de março, acontecem as sessões Pilote Sua Própria Cabeça e Nenhuma a Menos. Na ocasião, será exibido o longa Dancing with Monica da diretora Anja Dalhoff, seguida de debate com Sarug Dagir e Cida Vieira da Aprosmig (Associação de Prostitutas de Minas Gerais).

Coletiva Malva

A Coletiva Malva é formada por quatro mulheres que atuam em áreas distintas entre si e correlacionadas ao cinema, são elas: Letícia Souza,Rita BoechatMirela Persichini e Daniela Pimentel. As orientações seguem história, antropologia, sociologia, psicanálise e comunicação. A parceria tem como propósito pensar o cinema e suas implicações, uma vez que as produtoras e curadoras enxergam o cinema como instrumento propagador das diversidades, como materializador da disputa imagética e como dispositivo de reflexão de práticas que se pretendem universalistas. É a partir da produção incessante e embativa do olhar feminino ao devolver sua estética, sua dimensão, seu corpo, seu devir feminista à comunidade, através de materiais audiovisuais, que a mostra se cria.

SERVIÇO
4ª Mostra de Cinema Feminista
Quando: 8 a 16 de março de 2018 (exceto segunda-feira, 12 de março)
Onde: Sesc Palladium (Avenida Augusto de Lima, 420, Centro)
Entrada Franca
   
vídeos de divulgação:
Lírios não nascem da lei https://www.youtube.com/watch?v=4hVXtAuw3Ho


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