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A Maioridade de Slim Rimografia


Ao completar 18 anos de carreira, rapper se prepara
para lançar série com 4 EPs em 2018

(Foto - Tiago Rocha)

Antes do rap, Slim Rimografia, nascido Valter Araújo no bairro de Figueira Grande, extremo sul de São Paulo, já estava por dentro do Hip Hop como B-boy e grafiteiro. Com a virada do século, viu que sua criatividade artística poderia também ser música e foi quando, dos passinhos e latas, passou a dedicar mais tempo a rimar de improviso e experimentar batidas.

Passou três anos frequentando e desenvolvendo o freestyle - com o qual se tornou um dos principais nomes nas batalhas - até que lançou o primeiro álbum, Financeiramente Pobre, em 2003, considerado um dos 10 discos mais importantes do Hip Hop nacional pela revista Rap Brasil e site Bocada Forte. Na época, já se dizia que Slim estava dando um novo sangue pelo rap underground, fato consumado pelo modelo de distribuição que empregou quando o trabalho saiu: vendeu mais de 10 mil cópias de mão em mão, em shows, nas ruas, transporte público e por onde passava.

Na contramão dos artistas que buscavam um selo ou gravadora na época, apostou numa distribuição guerrilheira que mais tarde se tornou exemplo para outros artistas. Assim, contribuiu para criar o alicerce que, anos depois, ajudaria o rap nacional a conquistar seu lugar de destaque.

Produtor prolífico, Slim Rimografia é nome constante como beatmaker no trabalho de artistas como Síntese, Criolo, Emicida, Lay, Tássia Reis e outros; como videomaker, assina a direção de seus próprios clipes e produz e dirige vídeos para nomes como Rashid.

(Foto - Tiago Rocha)

A música também o levou para projetos sociais como arte-educador na Fundação Casa, Instituto Sou da Paz e Zulu Nation Brasil, e espaços como Casa de Hip Hop Diadema e Fábricas de Cultura. Em 2011, aventurou-se em lançar em livro uma adaptação do poema “O Navio Negreiro”, publicado em 1869 por Castro Alves e marco do romantismo brasileiro. Para a obra, compôs uma versão atual sobre o poema trazendo-o para os dias de hoje. Junto, fez uma música baseada no tema e convidou os grafiteiros do Grupo OPNI para criarem as ilustrações. Hoje, o livro consta na lista de materiais didáticos do Ministério da Educação e é estudado em escolas de todo o Brasil.

Entre tantas músicas e projetos ao longo de sua carreira, agora que completa 18 anos como rapper, Slim dá início a uma nova fase de lançamentos com o material que produziu intensamente entre setembro e dezembro de 2017.

Organizados por estilos, serão lançados quatro EPs que apresentam as tantas expressões de Slim, verborragia na poesia e nas batidas facilmente comprovada em SinGo, o primeiro da série.

SinGo (capa por César Martins)

Voltado para o trap, grime e experimentações eletrônicas, este EP é uma introdução à versatilidade que seguirá com os outros três compilados, cada um de proposta única. SinGo reúne as 4 faixas lançadas entre outubro de 2017 e fevereiro de 2018, e ganha mais 3 inéditas para o tracklist ficar completo.

A foto de capa é uma montagem com referências de todos seus trabalhos lançados e entrega a linha do tempo de Slim com humor ao recriar seu avatar de participante do Big Brother Brasil 14 com detalhes simbólicos de seus tantos anos de música. Os vários eus de Slim Rimografia numa imagem sobre a resiliência de permanecer o mesmo não importam os cenários.

O segundo EP, Mr. Dinamite, tem previsão de lançamento para a segunda quinzena de junho.

Ouça agora: Spotify | Deezer | YouTube |  iTunes | Tidal | Napster | Google Play

Clipes de SinGo: Arte do Gueto”, “Game Rap”, “Mei Dei

Ficha técnica SinGo:
Produzido, gravado e mixado por Slim Rimografia
Masterizado por Luís Lopes, no Estúdio C4
Arte de capa por César Martins

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