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Mano Brown e Criolo são capa da Revista Rolling Stones Brasil



Trecho da matéria feita pelo LUCAS BRÊDA
“Ele é bonito! Mete a roupa afro, a bata.” Mano Brown cai na risada tirando um sarro do agora parceiro de palco, Criolo, que rebate: “Essa história é de quando eu encontrei com ele em Nova York, estávamos em uma rádio jamaicana e a minha calça era ‘enjoada’ mesmo [risos]”. Em termos de personalidade, os MCs têm pouco em comum. Brown é despojado, direto e cheio de histórias para contar; Criolo é mais sério e contido, com uma humildade que não o deixa tirar os pés do chão em nenhum comentário. Crias da zona sul de São Paulo, contudo, ambos contribuíram de maneiras diferentemente fundamentais para a música nacional. Se hoje o hip-hop é popular e aclamado, é graças às duas trajetórias – capazes de, em menos de 30 anos, dar uma identidade brasileira à arte norte-americana de rimar sobre batidas. Essas batidas serão colocadas lado a lado em cima do palco, em uma série de shows especiais em conjunto que eles fazem a partir de junho.
“A gente nunca foi de ‘colo na sua casa, você cola na minha’”, conta Criolo sobre a parceria para shows, que surgiu após um convite do festival Planeta Brasil, realizado em janeiro em Belo Horizonte. Eles se conheciam há anos dos bastidores do hip-hop, participaram do mais recente disco de Arthur Verocai (No Voo do Urubu, 2016) e também já dividiram o palco na apresentação que gerou o disco/filme Criolo & Emicida Ao Vivo, de 2013. “Ainda estamos tentando entender esse encontro. [No palco] Você olha para um lado, tem o [vocalista de Brown] Lino Krizz, um monstro, aí você olha para outro e tá lá o Brown, que é a história da porra toda”, elogia Criolo. No setlist, a dupla divide as performances entre músicas de um e de outro, além das faixas do Racionais e uma ou outra cover, com uma banda montada especialmente para a ocasião e guiada pelo produtor Daniel Ganjaman. Até o fechamento desta edição, eles tinham shows marcados em São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, entre junho e agosto. “Para mim, é tipo estar no [parque de diversões] Hopi Hari. O que eu mais gosto de fazer é debater arranjo. Chegar para os caras e pedir ‘vamos ver como fica isso ou aquilo’”, comenta o líder do Racionais sobre os ensaios. “E lógico que a possibilidade do fracasso existe, e essa é a graça do negócio. Tem cara de sucesso, mas já imaginou [se] Brown e Criolo quebram a cara? Que gostoso [risos].”
Capa da Revista
A edição chegará às bancas a partir do dia 25/6
Leia a matéria feita pelo Lucas Breda para a revista Rolling Stones Brasil. (CLIQUE AQUI)

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