Seguramente eu posso afirmar que o álbum "Sobrevivendo no Inferno" do Racionais, é o álbum mais importante do rap brasileiro.
Através de sua conta do Instagram, o grupo noticiou que o álbum "Sobrevivendo no Inferno" vai ser lançado em livro no dia 31 de outubro, nas principais livrarias. O livro vai ser lançado pela editora "Companhia das Letras
Mas já esta disponível para pré-venda na @amazonbrasil, @livraria_cultura, @livrariadatravessa e @saraivaonline.
Agora publicado em livro, precedidos por um texto de apresentação e intermeados por fotos clássicas e inéditas, os raps dos Racionais são a imagem mais bem-acabada de uma sociedade que se tornou humanamente inviável, e uma tentativa radical, esteticamente brilhante, de sobreviver a ela. ⠀
“Foi com 'Sobrevivendo no inferno' que a juventude negra e periférica se formou. Por causa deste disco muita gente se graduou em autoestima e não entrou para a faculdade do crime.” — Sérgio Vaz⠀
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“O relato não frio, histórico e real da mentalidade que massacra e exclui no Brasil.” — Criolo⠀
Um pouco sobre o álbum:
O álbum foi lançado no fim de 1997, Sobrevivendo no Inferno é o segundo álbum do grupo.
Sobrevivendo no Inferno vendeu 1,500,000 copias, apesar de ter sido lançado por uma gravadora independente. Sempre bom lembrar, que o álbum é lançado no auge da pirataria, entre cd's e fitas piratas este numero pode dobrar.
A força do álbum vem do impacto das letras que discutem temas ligados a desigualdades sociais, miséria e racismo. Os grandes sucessos foram "Diário de um Detento" (baseado no diário do preso Jocenir, ex-detento da Presídio do Carandiru), "Fórmula Mágica da Paz" e "Mágico de Oz" (de Edi Rock). O grupo ainda fez uma homenagem ao cantor Jorge Ben-Jor, ao regravar "Jorge da Capadócia".
O LP ficou em 14ª posição na lista dos 100 melhores discos da música brasileira da Revista Rolling Stone Brasil. Em 2015, o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, presenteou o Papa Francisco com o álbum numa visita ao Vaticano.
Em 2018, a UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) incluiu o álbum na lista de obras obrigatória a partir do vestibular de 2020.
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