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Cores de Aidê: quem são essas mulheres?


A luta pela liberdade de ser quem se é. O esforço para influenciar mais mulheres a ocupar os espaços que desejam. Estas são algumas das batalhas que o grupo de samba-reggae Cores de Aidê segue travando dia após dia. O caminho é árduo, mas também cheio de surpresas e recompensas. Quem diria que Cores de Aidê seria, hoje, o mais relevante grupo de difusão da cultura afro-brasileira do Sul do país?
 
Com um recém-lançado disco, Quem é essa mulher?, e com o “Bloco Cores de Aidê” (que conta com mais de 100 mulheres), elas são presença certa nos mais relevantes eventos de música, cultura afro e feminismo de Santa Catarina. São dez mulheres que batem o tambor para semear e cultivar o amor e contribuem para a preservação do valor histórico e cultural de cada povo.
 
Cores de Aidê surgiu em Florianópolis (SC), no Carnaval de 2015. Foi o início do sonho da percussionista e regente Sarah Massí, que pretendia formar uma banda que agregasse mulheres diversas através da percussão, fazendo-as convergir na compreensão da potência artística e política do samba-reggae. O estilo, como o próprio nome já diz, é uma fusão do samba brasileiro com o reggae jamaicano, criado pelo baiano Neguinho do Samba no final da década de 70 e que tem o grupo  Olodum como seu precursor.
 
Além do caráter afro que o estilo possui, sua retórica originalmente é política e social. E é dessa fonte que bebem as Cores de Aidê, cativas da luta negra contra a inglória e a disputa.
 
Aidê é uma figura mitológica que aparece nos cânticos de capoeira do Brasil. Ela era uma negra africana que foi traficada no período escravocrata do país. Seu “senhorzinho” se apaixona por ela e lhe oferece a liberdade caso ela se case com ele. Aidê recusa e foge para o quilombo de Camugerê, onde encontra o amor verdadeiro.
 
“Por meio da Aidê nos vemos representadas por não monetarizar nossos afetos, não capitalizar nossos valores e posicionamentos. Compreendemos que a liberdade está com as nossas e por meio da liberdade de todas e com todas”,afirma Sarah Massí.
 
As Cores de Aidê seguem celebrando a liberdade sem deixar esquecer do passado. Seguem emancipando mulheres por meio do fortalecimento da autoestima e da ressignificação dos corpos. São mulheres que estão onde bem querem, que enfrentam o mundo, que abraçam a outra e as puxam pra cima.
 
** Baixe os singles “Aidê Mulher” e “Quem é essa mulher?”
https://bit.ly/2BZUarn
 
** Vídeo do show de lançamento do disco Quem é essa mulher? em Florianópolis (SC):
https://bit.ly/2LU5R7I
 
Formação:
- Sarah: caixa e timbal
- Be Sodré: repique
- Carla: surdo fundo
- Laila: surdo fundo
- Nattana: surdo contra
- Nine: surdo marcação
- Cris: xequerê
- Dandara: voz e repique
- Cauane: voz e surdo marcação
- Fernanda: dança
 
Agenda:
 
23 de Fevereiro - São José (SC)
28º Destaques da Raça Negra
Abertura: 14h
Show Cores de Aidê: 17h30
Endereço: Rua Doutor Constâncio Krummel, 1894 – Praia Comprida
Ingressos: R$ 20,00
Venda pelo telefone (48) 98424-0317
Classificação: livre
Capacidade: 1000 pessoas
Outras atrações: Beth Moreno e Convidados 

* Em breve o grupo anunciará as atividades no Carnaval 2019.

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