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Quilombo de Pinhões - Projeto lança livro de autoria coletiva sobre as memórias vivas da comunidade


Pinhões: Histórias e Sabedorias do Quilombo

Projeto lança livro de autoria coletiva sobre as memórias vivas da comunidade

Nasce o primeiro livro produzido pela comunidade quilombola de Pinhões. Narrando em palavras e imagens a história do quilombo, o livro é fruto do projeto “Pinhões: Histórias e Sabedorias do Quilombo”, uma realização da Associação Cultural das Mulheres Quilombolas de Pinhões, com patrocínio da CEMIG, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, (CA 1625/0001/2017).

O projeto produziu o livro através de diversas atividades no quilombo. Foram realizadas oficinas de produção de roteiro, fotografia e rap, com a participação de adolescentes e jovens de Pinhões. As atividades proporcionaram o encontro entre diferentes gerações, aliando a linguagem da juventude aos saberes locais portados pelos mais velhos, verdadeiros acervos vivos de memórias da comunidade. A iniciativa prima pela democratização dos processos de produção e registro do conhecimento escrito a partir de diálogos intergeracionais, promovendo a valorização e divulgação da cultura quilombola.
DIVULGAÇÃO

O lançamento do livro já foi celebrado em Pinhões e agora chega a Belo Horizonte. O evento vai ocorrer no dia 9 de fevereiro no Centro de Referência da Juventude, das 14h às 17h, com a presença da comunidade quilombola, apoiadores e interessados.

Sobre o quilombo: histórico e tradições

Pinhões, comunidade quilombola da Região Metropolitana de Belo Horizonte no município de Santa Luzia, conta com uma rica vivência e acervo cultural desenvolvidos nos seus trezentos anos de história e resistência. O quilombo foi fundado no século XVIII pelos então escravos ligados à Fazenda de Bicas e o Mosteiro de Macaúbas, na região de Santa Luzia, e hoje conta com 400 famílias, segundo o CEDEFES (Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva). O quilombo conta com vasta vivência cultural materializadas nas duas guardas de Congado presentes na comunidade: o Catopé da Irmandade de Nossa Senhora do Rosário e o a Guarda de Congo do Divino Espirito Santo. A primeira constituída por homens, conta com aproximadamente cem integrantes de distintas faixas etárias, desde crianças de três anos a senhores de oitenta. A Guarda de Congo do Divino Espírito Santo foi fundada no ano de 2013, e conta com presença quase integralmente de mulheres que vem somando a tradição congadeira da comunidade na realização da festa do Divino Espirito Santo.

Além do Congado e Catopé, a comunidade também apresenta um vasto calendário de festas e uma produção cultural aliada às atividades de trabalho, sobretudo vinculadas às mulheres, conhecidas como balaieras, lavadeiras e paneleiras. Historicamente as balaieras abastecem seus balaios com hortaliças, doces e quitandas produzidos na comunidade e região vendidos, há três gerações, às fiéis clientes do bairro floresta em Belo Horizonte. Somando cerca de cem anos a atividade é motivo de orgulho para os moradores da comunidade. Protagonistas na formação da vida cultural e política do quilombo, as mulheres trabalharam ainda como lavadeiras às margens do Rio Vermelho e do Rio das Velhas, águas que passam pelo quilombo. Também é muito importante o trabalho das paneleiras de Pinhões, mulheres que se dedicam a produção e venda das famosas panelas de barro.


Evento de lançamento do livro:

Em Belo Horizonte:

Data: 9 de fevereiro

Local: Centro de Referência da Juventude (Rua Guaicurus, 50 – Centro)

Horário: 14h às 17h

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