Agudás | Descendentes de africanos escravizados no Brasil que voltaram para a África no pós escravidão



Márcia Pimentel, do MultiRio escreveu um artigo sobre os "Agudás", os descendentes de africanos escravizados no Brasil que no pós escravidão retornaram para a África na intenção de voltar a sua terra natal.
Porem muitos ao chegar na Africa se viram obrigados a se instalar na região costeira, na região conhecida como "Costa dos Escravos.
Os "Agudás" se estabeleceram no golfo de Benim, indo da atual cidade de Lagos, na Nigéria, até Acra, em Gana - entre os séculos XVIII e XIX.


SOBRE OS AGUDÁS DA ÁFRICA OCIDENTAL
No Benim, Togo e Nigéria são conhecidos como agudás, ou “brésiliens” os descendentes de traficantes brasileiros ou portugueses que se instalaram naquela região ao longo dos séculos XVIII e XIX e dos africanos escravizados no Brasil que para lá retornaram ao longo do século XIX. Incluem-se nesse grupo os descendentes dos escravos a serviço desses traficantes e dos retornados, que assimilaram a cultura e até os sobrenomes dos seus senhores, como esses haviam feito com os seus senhores no Brasil. Todos possuem, então, patronímicos de origem portuguesa, o que permite a sua identificação de imediato, sendo que as mulheres, pelo casamento, perdem seus nomes de família de solteira. No Togo são também chamados de agudás os membros das colônias libanesa, síria e indiana; e, na Nigéria do século passado, essa designação incluía os católicos em geral. Também se integraram nesse grupo diversas famílias de outras nacionalidades, inclusive francesas, que viviam na região no século XIX, quando era mais forte a influência dos agudás.





TV Escola que é um canal de educação, a televisão pública do Ministério da Educação destinada aos professores, educadores, alunos e a todos interessados em aprender. Exibe uma série chamada "Retornados". A série é divida em 8 episódios.

Origens: História; tradição; consequências da escravidão; cultura negra; influência brasileira 

Entre os séculos XVIII e XIX, milhares de escravos libertos deixaram o Brasil e retornaram à África. Esse grupo, chamado de Retornados ou Agudás, se estabeleceu na região da antiga Costa dos Escravos, que abrange os países de Benim, Nigéria, Togo e Gana. Neste episódio, que apresenta a origem deste fenômeno de retorno, alguns descendentes de Agudás contam um pouco da história de seus antepassados, explicam como a cultura brasileira se faz presente em seu dia-a-dia e enviam mensagens para seus parentes do outro lado do oceano, em Salvador, na Bahia.


A Saga dos Chachas: Escravidão; tráfico de escravos; África; cultura negra; cultura africana; tradição

Este episódio conta a polêmica trajetória do retornado Francisco Felix de Souza (Chachá), considerado o maior traficante de escravos da história. Por possuir o monopólio do tráfico negreiro local, Chachá deixou como herança para seus descendentes em Benim não só uma grande quantia em dinheiro, mas também uma notável influência política. Hoje em dia, a família de Souza celebra suas ligações com o Brasil por meio da preservação de alguns elementos culturais e da história de seu ilustre antepassado.


Mitos em Trânsito: Candomblé; cultura; tradição; Bahia; cultura negra; cultura africana

Este episódio explora as religiosidades surgidas no Brasil a partir do encontro ente indígenas, africanos e europeus. Os descendentes africanos dos Agudás explicam como o retorno de seus ancestrais influencia as religiosidades que são até hoje preservadas e praticadas. Já no Brasil, os herdeiros dos retornados, além de preservarem estas tradições religiosas de forma semelhante ao que ocorre na África Ocidental, explicam como esses cultos exercem o importante papel de resistência contra a intolerância religiosa e racial.


Sabor da Saudade: Alimentação; comida; costumes; tradição; cozinha; cultura negra; cultura africana

Ao transportar escravos para o Brasil, os navios negreiros levavam muito mais do que apenas pessoas: levavam culturas e tradições. A culinária, como parte crucial de uma cultura, foi um dos elementos transportados, e sofreu importantes transformações ao se deparar com os hábitos europeus em solo brasileiro. Ao voltarem para África, os Agudás levaram consigo parte dos costumes alimentares que estabeleceram no Brasil. Entre o preparo de um acarajé baiano e um cozido beninês, o episódio mostra as trocas culinárias que atravessaram o Atlântico e que orientam até hoje os paladares dos afro-brasileiros.


Mundo de planos e pedra: Arquitetura; herança cultural; trabalho manual

Ao retornarem para a África, em um ato que demandava grande coragem, os Agudás buscavam profissões em que pudessem ser autônomos e aplicar os conhecimentos que obtiveram no Brasil. Os ofícios mais procurados eram de alfaiate, arquiteto e pedreiro. Este episódio mostra a importância dessas profissões para a formação de sociedades modernas com rica herança brasileira na costa ocidental africana e os desafios para a preservação de patrimônios históricos erguidos pelos afro-brasileiros.


Ritos e ritmos da diáspora: Dança; festas tradicionais; identidade cultural; costumes

A língua é um dos elementos mais importantes da identidade de um povo. Para os retornados, a herança brasileira por meio da linguagem foi conservada sobretudo na música. Embalado por canções em português e tradições que evidenciam a forte presença brasileira, este episódio apresenta o Agbe da Comunidade Tabom, de Gana, a Burrinha e a Festa do Bonfim, no Benim, a Festa de Egungun, na Nigéria, e os esforços para a preservação da língua portuguesa através do canto.


Ascensão e queda de Sylvanus Olympio: Política africana; independência; militância; dominação europeia

Neste episódio é revelada a saga de Sylvanus Olympio, descendente de ex-traficantes de escravos. Após ser um dos primeiros homens negros a se formar em Economia na Universidade de Londres, Olympio tornou-se proeminente na luta pela independência de Togo. Seus esforços políticos acabaram por torná-lo o primeiro presidente do país, cargo que ocupou até ser assassinado em um golpe de estado na década de 60. O episódio mostra ainda como a luta pela independência dos países africanos ainda está em curso.


Reencontros: Política africana; independência; militância; dominação europeia

Após irem para a África, os retornados eram tomados por um forte sentimento de saudade e enfrentavam um grande desafio: manter contato com a cultura brasileira e com os familiares que deixaram para trás. No último episódio da série, as famílias Rocha e Banboshe Martins se reencontram através da troca de mensagens entre parentes brasileiros e nigerianos.




O texto abaixo é de 2014 e foi reproduzido pelo Portal Geledés.


A brasileira África dos escravos retornados

Alguns países da África Ocidental, como Gana, Togo, Benin e Nigéria, abrigam comunidades que cantam samba, comem feijoadá (assim mesmo, com acento agudo na última sílaba) e cultivam vários outros hábitos relacionados às tradições brasileiras. Trata-se dos descendentes dos cerca de 5 mil escravos libertos que retornaram à África no século XIX e que, segundo o antropólogo Milton Guran, do Laboratório de História Oral e Imagem da Universidade Federal Fluminense (UFF), usam a matriz cultural de nosso país, ou seja, recriam uma brasilidade própria, para se constituírem como um grupo social diferenciado.


As principais comunidades de descendentes de escravos brasileiros que retornaram à África são as dos tabom (em Gana) e dos agudás (em Togo, Benin e Nigéria). Guran explica que a origem da distinção entre eles e os demais africanos relaciona-se ao fato histórico dos retornados terem sido os primeiros moradores a introduzirem, na Costa dos Escravos (ou da Mina), a matriz da cultura europeia. Ou seja, quando voltavam para a África, os libertos levavam consigo diversos costumes e saberes assimilados com os portugueses, no Brasil.

Embora, desde o século XVI, já houvesse um intenso tráfico de escravos que envolvia Europa e Américas, a maior parte da África tinha aberto apenas um pouco de sua “casca” para o exterior. “Até então, o europeu só tinha avançado alguns passos para além de seus entrepostos comerciais, fortins e feitorias, assim mesmo só fazia isso com o consentimento ou a vigilância dos africanos”, explica o diplomata, poeta e historiador Alberto da Costa e Silva, membro da Academia Brasileira de Letras, em seu artigo O Brasil, a África e o Atlântico no Século XIX.

Diferenças culturais

Entre os escravos libertos brasileiros que tomaram o rumo da África havia vários pedreiros, mestres de obra, carpinteiros, alfaiates, ferreiros, agricultores e muitos outros profissionais que tinham aprendido ofícios com os portugueses. As casas de pedra construídas pelos retornados, por exemplo, contrastavam com aquelas cobertas de sapé da população local. Aliás, os sobrados erguidos pelos brasileiros em Lagos, na Nigéria, têm virado objeto de estudo de várias faculdades de arquitetura não só do Brasil, interessadas em seus significados sócio-históricos.

Em tempos em que os países europeus, principalmente o Reino Unido, passaram a perceber a África como mercado consumidor – e não mais como exportadora de mão de obra escrava – e a adotar estratégias mais agressivas para adentrar e colonizar o continente, as “maneiras de branco” dos retornados viraram parâmetro para as populações africanas locais. Ou seja, as diferenças culturais entre eles e os nativos corroboraram para que os retornados fossem vistos como “brasileiros” – agudá e tabom –, e não como iorubá, fon, mahi ou qualquer outra etnia. Ao mesmo tempo, eles tendiam a ver os africanos como “selvagens”.


Em Lagos, por exemplo, os ex-escravos brasileiros eram vistos como estrangeiros. A organização interna de seus sobrados, com espaços definidos para estar, descansar, dormir, jantar e cozinhar, nada tinha a ver com os hábitos locais. E isso acontecia no momento em que as autoridades coloniais inglesas solidificavam seu controle sobre a Nigéria. As diferenciações de costumes acabaram resultando na construção de uma identidade própria, que atravessou o século XX. Ainda hoje, alguns descendentes dos retornados reivindicam o direito de ter passaporte do Brasil.

Tradições brasileiras

O apego às tradições brasileiras, que muitos cultivam até hoje, têm várias referências em nossas matrizes do século XIX. A feijoadá, por exemplo, é feita com feijão mulatinho em forma de purê. Alguns dos festejos incluem o folguedo da burrinha – a forma arcaica do bumba meu boi. Também faz parte da cultura dos agudás (que significa católicos em iorubá) a festa de Nosso Senhor do Bonfim, a tapioca, a concada (que pode designar tanto a nossa cocada – só que de coco verde – como o nosso pé de moleque) e o cousidou (o nosso cozido, pronunciado com sotaque francês). No Brazilian Quarter (Bairro Brasileiro), em Lagos, celebra-se o Fanti, evento carnavalesco de rua, comemorado quatro vezes ao ano entre os descendentes dos retornados.

Em um artigo a quatro mãos, os pesquisadores Alcione Meira e Ebenezer Ayesu explicam que os ex-escravos brasileiros que se fixaram em Acra, a capital de Gana, se destacavam entre os nativos por usarem casaca, chapéu e outras peças do vestuário ocidental, além de darem grande importância aos estudos dos filhos. No início do século XX, vários haviam virado advogados, professores, médicos e funcionários do governo colonial inglês. Quando o país declarou sua independência do Reino Unido, em 1957, o primeiro embaixador ganês nos Estados Unidos foi o tabom Miguel Augustus Francisco Ribeiro.

Em Togo, também há famílias de agudás que se tornaram poderosas, como é o caso dos Souza, cujo clã teve início em fins do século XVIII, quando o baiano Francisco Félix de Souza, filho de português com escrava, se fixou no Benin para se tornar um traficante negreiro e um dos homens mais poderosos da região. Ganhou, inclusive, um título honorário inédito, o de Chachá, e o direito de monopolizar o mercado não só de escravos, mas também de outras mercadorias, como a pólvora. Segundo Milton Guran, o sobrenome Souza ainda significa poder social no Benin e o título, exclusivo dos agudás, existe até hoje. “O Chachá arbitra conflitos que não implicam em crime de sangue e disputa de propriedade, além de ter certo peso eleitoral”, explica o antropólogo.

Fonte: Geledés


Fotos tirada do site Studium da Unicamp



Foi somente com os “brasileiros” que esta região da África entrou na era das construções duráveis, feitas com tijolos, segundo a técnica e o estilo de arquitetura empregados no Brasil do século XIX. Um dos exemplos mais notáveis é a grande Mesquita de Porto Novo, capital do Benim, concluída em 1930, cuja fachada é a cópia perfeita de uma igreja barroca baiana, à qual se acrescentou um minarete.




A Sra. Francisca Patterson, née De Medeiros, e bisneta do Chachá I, no salão do seu sobrado em Porto Novo, um exemplo de casa “brasileira” no Benim.


As comemorações do N. S. do Bonfim, realizadas no mês de janeiro, como na Bahia, mobilizam toda a comunidade agudá e começam, em Porto Novo, por um grande desfile pelas ruas da cidade na véspera da missa. A organização do desfile e o clima geral lembram certos momentos do carnaval brasileiro. A fanfarra toca com todas as suas forças, alguns participantes portando lanternas fazem duas filas dos dois lados da rua enquanto outros dançam no meio. Duas bandeiras brasileiras abrem o desfile, nas mãos das jovens Antoinette Campos e Evelyne Mariano (na foto), as principais cantoras do grupo.

Entre as duas porta-bandeiras desfila uma moça com uma bela fantasia cintilante com duas grandes asas, como um destaque de escola de samba dos anos 50. Um dos irmãos Amaral, os organizadores do desfile, marca o ritmo com um apito, enquanto os outros dois, exatamente como nas escolas de samba, percorrem o bloco para não deixar atravessar a marcha, que todos cantavam a plenos pulmões, em bom português: A sociedade brasileira está na rua/venha ver/venha gostar/o brinquedo é delicado/para quem, para quem/gosta de ver. Com uma ênfase toda especial na palavra brasileira.

Ao centro, a Sra. Talém, née Domingos, descendente de Domingos José Martins, um dos líderes da revolução pernambucana de 1817 e herói da Independência do Brasil, dança o “samba”. Em segundo plano, Ioiô e Iaiá, os famosos bonecos conhecidos no carnaval de Recife como o “Homem da Meia-Noite” e a “Mulher do Meio-Dia”.

O “samba”

A tradição agudá de se vestir à “brasileira” sempre funcionou como um importante indicador de identidade. A maneira de se vestir conserva até hoje, em certa medida, esta função social, e acabou até reforçada por influência da televisão. De fato, a novela “Escrava Isaura”, que teve grande sucesso no Benim e no Togo em 1994, serviu para atualizar os figurinos, como é o caso desta senhora da família Campos de Porto Novo.

Representando a Irmandade Brasileira Bom Jesus do Bonfim de Porto Novo, a Sra. Martins, bisneta de Domingos José Martins - filho do homônimo líder da revolução de 1817 e herói da Independência do Brasil - recepciona os “brasileiros” na missa do Bonfim na catedral de Porto Novo, em janeiro de 1995.

Na saída da missa dedicada a N. S. do Bonfim, uma fanfarra esperava o grupo de “brasileiros”, que desfilaram pelos jardins da igreja com estandarte e tudo. A volta à casa também se deu sob a forma de um animado desfile, embora sem estandarte nem fanfarra. Pelas ruas apinhadas de domingo, cantaram-se sobretudo canções que faziam alusão à condição étnica dos agudás.

Após a missa, tem lugar um piquenique, seguido pela apresentação da “burrinha”, antigo folguedo muito popular na Bahia do século XIX, e que no Brasil foi absorvido pelo bumba-meu-boi. Na foto, a “burrinha”, personagem principal, cavalgada por um sorridente “Chirac”, em Porto Novo, em janeiro de 1995.


O “samba” em Porto Novo, parte final das celebrações em homenagem ao N. S. do Bonfim.

Ela estava brincando com as outras crianças no pátio de sua casa em Cotonu, onde se dava o ensaio da “burrinha”, quando resolveu, muito naturalmente, dançar um pouco.

Nas danças tradicionais observadas em Abomé, os movimentos, curtos e repetitivos, estão praticamente restritos aos braços, sempre dobrados, e aos ombros. O tronco, quase imóvel, é projetado para frente, enquanto os pés batem vigorosamente no chão. No “samba”, ao contrário, os braços e as mãos são liberados e movimentam-se em harmonia com as pernas e os pés. O corpo inteiro se mexe, aberto e livre às improvisações.


Uma dama “brasileira”, segundo o costume, cola uma moeda na testa de uma dançarina abomeana em sinal de cumprimento pela dança que ela acaba de apresentar.


Um tecido mandado imprimir pela família De Souza em comemoração à entronização do Chachá VIII foi amplamente utilizado na festa. Sobre um fundo florido, um desenho representa D. Francisco emoldurado, por sobre o qual desenvolve-se uma árvore com sete ramos, cada um com o nome de um Chachá.


Atrás da faixa onde se lê “Glória eterna ao nosso ancestral Dom Francisco Félix de Souza”, centenas de pessoas, entre as quais muitas fantasiadas ou mascaradas, cantavam e dançavam ao som de uma fanfarra. Todo mundo gritava a plenos pulmões louvações a D. Francisco, o Chachá I, pelas ruas de Uidá, no dia da entronização do Chachá VIII.

A chegada do Chachá e da sua comitiva ao palácio real de Singboji, atual Museu Histórico de Abomé, para a cerimônia de transmissão dos aparatos de poder correspondentes ao título de vice-rei de Uidá, estava prevista para as dez horas. Mas todos tiveram de esperar mais de uma hora, parados a 300 metros da entrada do palácio, pela chegada da equipe de cobertura da televisão estatal. Foi, portanto, lá pelas onze horas que, diante das câmeras, o luxuoso automóvel do Chachá se pôs em movimento, escoltado por duas fileiras de damas de honra. A poucos metros do palácio, o Chachá desceu e se dirigiu à entrada reservada ao antigo rei Glelè, sempre acompanhado do seu séquito, que recitava as louvações tradicionais da família para anunciar a sua presença.

Conforme o costume, a chegada do rei de Abomé ao local da solenidade foi precedida pelos griôs que recitavam as louvações reais tocando o “gankpanvi”, os gongos gêmeos semelhantes ao nosso agogô, de uso exclusivo do rei. Atrás desses griôs vinham os ministros, dispostos em duas alas e depois, finalmente, o rei Agoli-Agbo Dédjahagni e suas esposas. Ele cumprimentou afavelmente o Chachá, vice-rei de Uidá, com um aperto de mão, e sentou-se no sofá que lhe estava destinado.

Entre as famílias “brasileiras”, a De Souza é provavelmente a única a possuir o seu próprio vodum (orixá), o Dagoun, que teve sua origem na pessoa mesmo de D. Francisco F. de Souza, o Chachá I, e foi cultuado por seus escravos sob sua autoridade direta. Segundo Dah Dagoun-non (foto), como é chamado o chefe de culto, o Dagoun não é violento, e protege principalmente as crianças.

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