Regado com muita influência afro-brasileira e indígena, Gaspar Z’África lança “Hip-Hop Caboclo”, seu segundo álbum
MC Gaspar Z’África lançou o álbum inédito intitulado “Hip-Hop Caboclo” nas principais plataformas digitais
Um dos mais respeitados na cultura Hip-Hop em São Paulo realizou viagens de pesquisa pelo norte e nordeste em busca das batidas brasileiras e produz disco inédito de rap embebido aos ritmos de matrizes africanas e indígenas do país. Dirigido por João Nascimento, o álbum “Hip-Hop Caboclo” apresenta ao público uma viagem musical que atravessa fronteiras territoriais, estéticas e sonoras da cultura popular brasileira em consonância com o universo do Hip-Hop, uma pesquisa fundamentada na pluralidade dos ritmos brasileiros de matrizes africanas e indígenas, nas métricas e poéticas dos cantadores das culturas populares, nas sincopas percussivas dos tambores, nas ladainhas e nas estórias contadas pelos mestres e mestras das regiões norte e nordeste do Brasil.
“Saímos em busca das batidas brasileiras e chegamos em outras periferias, percebemos que alguns elementos da cultura Hip-Hop que conhecemos em São Paulo, também estão presentes de maneira semelhante em outras diversas manifestações populares que encontramos nas regiões norte e nordeste do Brasil”, conta Gaspar ao percorrer milhares de quilômetros em terras distantes do extremo sul de São Paulo, local onde mora e idealizou o grupo Z’África Brasil no início da década de 90.
O álbum “Hip-Hop Caboclo” conta com participações especiais de importantes personagens da cultura brasileira: Dona Onete de Belém (PA), Mestre Zampa do Quilombo Barro Alto na Ilha de Marajó (PA), Mestre Amaral, Peixinho e Tião Carvalho de São Luís (MA), Mestre Avelino de Muritiba (BA), Tambores do Mundo de Salvador (BA) e Grupo Bongar de Olinda (PE).
“A transversalidade entre linguagens, culturas, gêneros e abordagens artísticas, são aspectos fundamentais desta obra, diante de uma necessidade de romper padrões, fórmulas e lugares não antes visitados por nós, o álbum busca expandir o olhar e a escuta para novas possibilidades de composição musical, convivências harmônicas e arranjos a partir de um espaço simbólico de construção artística, que valoriza o Hip-Hop em diálogo com as culturas regionais.” - destaca João Nascimento, produtor e co-idealizador do projeto.
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