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Em mais um trabalho de convergência rítmica entre Brasil e Cuba, “Te Lo Dira La Noche” é o novo single do Batanga & Cia

Com lançamento YB Music previsto para o dia 8 de fevereiro, e voz de Estela Paixão, estará disponível no Spotify e nas plataformas de Streaming Musica: Apple Music / Youtube Music / Deezer / Tidal

Além de ser um ritmo, um toque, Ijexá é uma cidade do Estado de Osun, no sudoeste da Nigéria, fundada por um neto do imperador Oduduwa (rei iorubá atualmente cultuado como orixá no Candomblé e na Santeria cubana). De uma rica cultura musical e instrumental, o povo ijexá já executava instrumentos percussivos, afinados por cordas, e teve no orixá Ogum, senhor da agricultura, da guerra e dos instrumentos de ferro, bem como em rituais em torno ao Rio Osun - que homenageavam mulheres guerreiras que se convertiam em água para fugir dos seus perseguidores, inspiração para músicas, cantigas, contos, festivais e outras manifestações artísticas e sociais que simbolizavam de forma permanente a trajetória e ancestralidade de um povo, que chega, até os tempos atuais.

Em Cuba “El Ijessa” é um dos ritmos mais tocados nos tambores Bata nas celebrações da Santeria e no Brasil ganhou destaque pelo bloco Afro de Salvador de Bahia “Filhos de Gandi”.

Daqui partiu a concepção do novo Sencillo / Sinlge do Batanga & Cia, grupo integrado por imigrantes de Cuba e Colômbia, com dois brasileiros, tendo realizado shows nas principais casas, festivais e eventos culturais do circuito musical da Cidade de São Paulo, com um EP autoral lançado e vasta participação em trabalhos e parcerias, junto a diversos nomes da atual cena musical da Cidade.

A nova música de trabalho “Te Lo Dira La Noche”, composta pelo autor cubano Pablosky Rosales, aposta na utilização de elementos rítmicos e musicais afro latino-americanos, como tambores Batá, ritmo songo, de Cuba, samba, pagode e toque de ijexá do Brasil.

Para a realização deste trabalho foram convidados músicos do Aláfia, agrupação paulistana, - que tem nos cultos de matriz africana a maior inspiração para o seu trabalho - o compositor e pesquisador musical Eduardo Brechó para a produção musical e percussão, e Igor Damião na guitarra elétrica.

“Acho que o mais bacana e maior desafio desse single é conseguir trabalhar todas essas expressões rítmicas, criando uma fluidez entre as similaridades e as diferenças entre a expressão musical cubana e os sotaques brasileiros como samba e ijexá”, afirma Brechó.

Interpretada em espanhol pela cantora Estela Paixão, também integrante do Aláfia, a canção ganhou arranjo do cubano Pedro Bandera, líder do Batanga & Cia e conhecido percussionista que tem trabalho de pesquisa que analisa a relação entre instrumentos, ritmos e elementos da Diáspora musical africana na América Latina.

Sobre este novo convite para dar voz à canção, Estela, que, em 2020, participou do show em homenagem aos 90 anos da cantora cubana Omara Portuondo, diz: “Fiquei muito honrada em ser chamada para participar desse projeto que une Brasil e Cuba em suas particularidades e potencialidades de uma forma tão bonita, dançante e viva. Para mim, as palavras que definem essa participação podem se resumir a uma parceria solar”.

Sobre este single, Bandera antecipa: “Vai abrir os trabalhos para a construção do primeiro disco do grupo que terá dez músicas, e tem data prevista de lançamento ainda no primeiro semestre do presente ano,  mantendo o virtuosismo nas improvisações instrumentais e tendo como conceito a junção de elementos de percussão, cantigas e danças afro-cubanas, afro-brasileiras e afro-latinas. A música é usada para mostrar outros caminhos da Diáspora Africana na América latina. O disco pretende trazer uma viagem rítmico musical com as semelhanças percussivas de Brasil e Cuba, cujas similaridades podem ser explicadas por meio de uma teoria segunda a qual muitas das pessoas traficadas da África foram separadas no porto do Recife e levadas para Santiago de Cuba. Trata-se de uma relação para além do musical e cultural, familiar”, avalia.


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