Intolerância Religiosa: Baco Exu do Blues sofre tentativa de agressão por conta de seu vulgo

Através de um storie em seu Instagram, o rapper Baco Exu do Blues relatou que sofreu uma tentativa de agressão por conta de seu vulgo EXU.

"Tentaram me agredir fisicamente hoje por conta do meu nome artístico aqui em SP”. Um grande foda-se a toda intolerância religiosa", comenta Baco. 

O rapper baiano de 26 anos que lançou o álbum “Quantas Vezes Você Já Foi Amado?” há poucos dias, com críticas positivas de fãs e especialista, relata que não baixou a cabeça e que está bem.

“Lembre que quando você decide agredir uma pessoa, ela poder estar prepara para reagir e felizmente esse é meu caso...Meu conselho pra quem pensa em algo do tipo é: NÂO TENTE!! O final é sempre o mesmo”, relata o rapper. 

Após a Iyalorixá Gildásia dos Santos, conhecida como Mãe Gilda de Ogum, que morreu vítima de um ataque motivado por sua religião em Salvador, em 21 de janeiro de 2007 foi instituído o dia nacional de combate a intolerância religiosa. O Brasil tem normas jurídicas que visam punir a intolerância religiosa, mas sabemos que na pratica essa lei costuma não funcionar.

Segundo o site Metrópole, em 2021, 14 anos após a instituição da data, o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos recebeu 586 denúncias de intolerância religiosa, um aumento de 141% em relação ao ano anterior, que teve 243 denúncias.

O estado que registrou o maior número de denúncias foi o Rio de Janeiro, com 138, seguido por São Paulo, com 110. No que diz respeito ao sexo das vítimas, a maioria é constituída por mulheres, que somam 382 denúncias (65,19%). Os homens foram 130. Outras 74 vítimas não declararam seu gênero.

Matéria completa: https://www.metropoles.com/brasil/denuncias-de-intolerancia-religiosa-cresceram-141-no-brasil-em-2021

O Brasil sempre foi um país intolerante e bem racista, e desde que essa onda conservadora cristã de direita assumiu o poder do país, com muitos representantes nos municípios e estados, os ratos saíram do bueiro e perderam o medo.

É muito triste pensar que alguém pode ser agredido por simplesmente usar o nome de um orixá como nome artístico. Ainda bem que não aconteceu nada de grave com o Baco.


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