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D'Ogum lança o ousado e malandro, “Feito de Funk”, seu mais novo álbum

Foto: Vítor Manon | Indy Naise e D'Ogum

D’Ogum lançou o ousado “Feito de Funk”, seu novo álbum que absorve da formação histórica do gênero. O projeto foi idealizado ainda em 2019 e conta com a maturação do tempo para dar o arremate de toda a narrativa protagonista. 

O que é, então, ser feito de funk? “É descobrir aquilo que sou antes daquilo que eles me condicionaram a ser. É assim que desejo construir uma nova vida. Ser feito de funk é ter malemolência, é ter cabeça erguida, swing, malícia, malandragem. É papo reto, disposição, autoestima… É saber de onde você veio, aonde você vai e principalmente onde você precisa estar”, destaca o rapper.

Abrindo caminhos entre passado, presente e futuro, o cantor fala sobre seus ancestrais, sobre a cena e sobre o ser e estar dos seus iguais ao redor do mundo. 

A partir da chegada desse ritmo, muitas pessoas passaram a se reconectar consigo próprias, a fortalecer suas identidades de forma consciente e politizada; criaram independência financeira através de negócios autônomos com as realizações dos bailes, além de absorver com veemência os inúmeros elementos e conteúdo da vasta cultura africana através do balancê dos corpos suados e dos sorrisos largos em todos os cantos do Brasil que se inflamou com aquele tal de Movimento Black Rio. Um novo mundo de possibilidades para além do que o mundo branco impunha se apresentava”.

Foto: Vítor Manon | Meg Pedrozzo, D'Ogum e Nego Iego

Partindo dessa compressão, D’Ogum consegue correlacionar narrativas e busca constantemente vencer as barreiras do impossível. Nascido em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, cresceu na Vila São Pedro. É filho de nordestinos, de infância humilde, e viu na música seu ponto de partida para a conexão com a sua ancestralidade por meio de suas referências, que vão do soul aos batuques de terreiro.

São 5 faixas ao todo, conduzidas pela funk music e por suas sub-vertentes fazendo conversar a contemporaneidade até com os primórdios do gênero aqui no Brasil, nos idos anos 1970. Mesmo que haja diálogos com outros tempos, tudo foi pensado para que soasse o mais atual possível, de um jeito em que o artista se visse completamente ali e a obra se tornasse inconfundível. 

Durante as gravações, D’Ogum revela o sentimento do inexplicável que rondou os bastidores, “esta experiência me fez sentir a música em seus mistérios pela primeira vez na vida”. A produção e direção do disco é assinada integralmente por Vibox. Meg Pedrozzo, Nego Iego e Anarka somam nos vocais de apoio. Vinicius Sampaio assina os leads de guitarra.

Entre as mensagens de destaque, um auto lembrete onde se enfatiza a importância, principalmente, de pessoas pretas terem imagens positivas sobre si mesmas e da realidade que querem construir para vivenciar. Um recado para o passado e uma projeção para o futuro. “Nessa nova era, não existe espaço para o pouco, nem para o pequeno, nem para o modesto. A nossa palavra é grandiosidade! O impossível não cabe aqui. O novo sempre foi o velho, e o velho é o novo que ainda não existe. Do que você é feito? Eu sou feito de funk!”

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