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"Vocês não gostam do rap, só apreciam o game"



"Vocês não gostam do rap, só apreciam o game" é uma frase da digníssima Sara Donato. A Sara usou esta frase no Cypher "Efeito Borboleta" que tem a participação de:  Lívia Cruz, Cintia Savoli, Taz Mureb, Issa Paz e Meire D'Origem e a Sara Donato claro. 
Esta frase é bem clara, mas existem mais algumas que sintetizam o atual momento do rap brasileiro como: "Amam Mc's, não o Hip Hop" do Diomedes Chinaski e a clássica rima do Kamau "Com a tecnologia surge um milhão por dia, e a maioria é uma porcaria...".
 Vivemos num momento em que há muitos lançamentos no rap nacional, muitos mesmo, e nem todos tem qualidade. Claro que sempre teve rap ruim, a diferença é que estes tipos de rap não vingavam.
Com este numero absurdo de laçamentos medíocre, medíocre significa mediano ou seja rap nota 4 ou 5 que só pelo fato de estar "hypado" ser torna 10, com isto muito rap nota 8,9 e 10 passa batido, mas muito batido.
Não estou querendo pagar de "pah" e nem ser arrogante, mas estas fitas me incomoda muito,tenho só 29 anos, mas sou do tempo onde o rap era de alto nível em todos os sentidos. 
Hoje melhorou a qualidade sonora e técnica de rima, mas em conteúdo anda deixando a desejar bastante. 
Esta luta pelo topo só trouxe aquele tipo de letra com refrão fácil, com puchlines criticando outros Mc's, são letras bem egocêntricas.
Mas vamos onde eu quero chegar, saiu alguns álbuns acima da média que não tiveram o devido respeito, mérito, reconhecimento ou visibilidade. Eu adoro montar lista, playlist e tal então abaixo irei citar alguns trampos que me agradou bastante.
Seguindo o critério de álbuns que estão na lista anual de "Melhores álbuns de 2016" do Noticiário Periférico", vou citar alguns e tentar falar um pouco sobre eles.


O álbum que mais me incomodou por ter passado batido pelos fãs de rap foi o da CRIS SNJ, que esta no meu Top 10 de melhores álbuns lançado em 2016.

"Evoluindo através dos tempos" é o primeiro álbum da carreira solo da Cris
O álbum tem 10 faixas, eu ouço todas sem pular, o álbum conta com 2 sucessos "O Bonde" e "Oh Jah" que conta com participação do Adonai, que é uma das musicas mais tocadas no programa "Encontro das tribos" na 105 Fm.
Alem do Adonai, tem a participação da Stephanie Roberta do grupo simples, selo "Pau de da em doido" e atualmente no grupo Rimas e Melodias e do Rashid.
O álbum "Evoluindo através dos tempos" é um álbum moderno sem perder a essência 



Nego E lançou o álbum "Oceano" e também é outro álbum foda que eu acredito que merecia mais atenção.
O álbum "Oceano" tem como base algumas temáticas negras, este álbum transborda negritude.Todo negro que gosta de rap ou não precisa ouvir este álbum.
Este lindo trampo conta com a participação de: Hanifah, Jé Santiago, Drik Barbosa, Dcazz, Filiph Neo, Rt Mallone, Sadiki, Helibrown, Nado Vianna e Rincon Sapiência.
A produção, quem assinou a maioria do disco foram GROU e The Munir, quem participou ativamente do processo foram Saile, Robson Heloyn, Egydiio, LR Beats, Filipho Neo, Nicolas Carneiro, DJ Faul, Pé Beat e DJ Nycak.




Dj Caique vulgo Caligari lançou o álbum "O Terror esta de volta", o álbum é uma sequencia de "É o terror" lançado em 2008.
O álbum faz jus a seu nome, para ouvir tem que por um capacete porque é pesadíssimo, seja em letra ou produção.
O trampo do Caligari tem 11 faixas e participações de Rashid, Primeiramente, Patrick Horla, Godô, Trayce, Mv Bill, Kid Mc e Cidade Verde Sounds.

O álbum não pode ser incorporado então ouça direto no Youtube


Gosto bastante deste álbum, ele é muito gostoso de ouvir, ele soa bem leve pelo vocal da Brisa mas ele é pesado nas ideias.

Neste trampo a talentosíssima Brisa Flow meio que foi alem do rap, a mc mineira trouxe referências de musica Latino-americana e Araucana, resgatando suas raizes, ja que ela é filha de chilenos.
O nome do álbum, "Newen" significa "Força" em Mapudingun, e vem da língua Mapuche.
O álbum conta com a produção e mix de diversos nomes como: Dia, Giant, Gabba, Mr. Break, Gurila Mangani e Johnny Martinez. Foi produzido e gravado na Chocolate Estúdio e no Estúdio de Giancario Ranieri, mixado pelos mesmos e masterizado por Luis Lopes na Flapc4.




"Filhos de Um Deus que Dança", o EP lançado pelo rapper carioca Thiago Elniño, fala sobre a força espiritual como formadora de identidade. Sem medo de soar religioso demais, o artista usa e abusa das percussões comumente ouvidas durante os cultos de religiões de origem africana, como Umbanda e Candomblé. Estranho e forte para uns, recorrente para outros, a melodia pesada já é, por si só, um manifesto vivo.



Este trampo do Rato e do Ralph até que teve boa visualização no Youtube, porem como vi poucas pessoas falando sobre este álbum resolvi incluir ele na lista.
"A Rima é Imã" é um "albão" da porra, oriundo do Vale do Paraiba, Rato e Ralph colocaram na rua este magnifico álbum. Nas faixas, percebe que existe uma sintonia entre o Ralph e o Rato e os outros manos que participam do álbum.

O disco ainda conta com as participações especiais de Nego Max, Axel Alberigi (AXL), Éricon, e MC José. Esse projeto vem agregar ainda mais na rica cultura musical do Vale. Um trabalho muito intimista, com todos instrumentais produzidos pelo próprio Rato, direto do “subterrâneo taubateano”.



HNMB é uma Mixtape voltada para os negros e negras do país a fora. Somada de empoderamento, questionamento e reflexão, Delatorvi resolveu focar no protagonismo negro para combater o racismo diário. A mixtape tem participação do funkeiro MC Bruno da Bomba, do rapper angolano Nigga Atenção, de uma mina responsa chamada Kessidy Kess. E os MC’s atualmente com grande destaque na internet Raffa Moreira e Djonga DV, todos os mc´s participantes são negros(a), Homem Negro Mundo Branco é uma mixtape voltada para todos os negros(a) do mundo.




Este trampo me foi indicado pelo meu parça Euler Notah, no qual ele entrevistou a Yas na época, eu me apaixonei pelo som dela de primeira.
A jovem MC carioca teve grande destaque nas mídias jornalisticas do rap, ele foi uma grande surpresa na cena, pelo menos para os que entendem do assunto. Não estou dizendo que o publico do rap não entenda, mas muitos não dão o valor em quem merece.

Com seis músicas, “Hexagonal” fala de áreas fundamentais da vida: profissional, espiritual, saúde/bem-estar, financeiro, emocional e familiar. Todo o processo até o lançamento contou com a ajuda de amigos e pessoas que acreditam no trabalho da jovem rapper. Yas Werneck lançou uma campanha de crowdfounding nas redes sociais e, apesar de não ter batido a meta, conseguiu custear o material de divulgação com o dinheiro arrecadado. Até a capa foi desenvolvida de maneira coletiva. “A capa tem o formato de um hexágono (polígono com seis lados), feito de origami por mim com ajuda de outros três amigos.



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