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Afrocypher 3 tá na área - escurecendo todas as linhas, ouça a terceira parte do projeto

“Viemos para recuperar a pauta do negro no Rap”  
Relembre o último episódio do projeto: #ReferenciAna - Afrocypher vol. 2

Afrocypher lança seu terceiro capítulo no dia 30 de novembro. A música, Afrocypher III, é o último episódio da trilogia e fecha o mês da consciência negra abordando temas como o racismo, desigualdade social, mídia, estética e história.

A produção contou com os MCs do interior de São Paulo Rhenan Duarte, Daniel Garnet, PeqnoH, Underson Leitty e Rodrigo Buga, com o beat do Dj Duh e produção do Selo Pegada de Gigante. O som mistura groove, berimbaus, scratchs e a composição faz referência aos diferentes contextos da cultura negra.

Para o rapper Rodrigo Buga, a música é uma oportunidade de dialogar sobre as questões negras que ainda não estão explicitadas para a sociedade e funciona como uma ferramenta de formação para os negros que estão na diáspora. “Nada melhor do que estudar a história pela nossa própria ótica para conhecermos as deturpações e mentiras contadas”, afirma.

Musicalmente, a produção também procura utilizar do entretenimento para a geração de conhecimento. Rhenan Duarte relata a técnica usada no Afrocypher, e também em produções como Ponta de Lança, do Rincon Sapiência, que revivem a essência do Hip Hop de levar informação e reflexão de forma envolvente. “Músicas assim são um ato de resistência e precisamos encontrar mais adeptos”, afirma.

A produção musical foi de Eduardo Balbino, também conhecido como DJ Duh, que já trabalhou com diversas produções como os álbuns Corpo e Alma (Inquérito), Até ue Enfim Gugu (Marcello Gugu) e Avise o Mundo (Daniel Garnet & Peqnoh). O DJ também já concorreu ao Grammy Latino ao lado de Emicida e Rashid. A gravação, mixagem e masterização foram realizadas pelo produtor Rodrigo Short no estudo Toca de Gigantes.


Recontando a história

Com referências negras, orixás, ativistas, artísticas e influências de países do continente africano, a música também relembra episódios de racismo e discursos de ódio em versos como: “Pode fingir, sabemos que você sente/ que uma MC Soffia incomoda muita gente”, no qual se refere a rapper de 13 anos de idade que canta sobre empoderamento de meninas negras desde os seis.

As citações históricas também fazem parte desta terceira edição. Desde o primeiro capítulo do Cypher, diversas personagens e momentos históricos importantes para a cultura negra e brasileira foram ressaltados, por exemplo: Eva Mitocondrial, Aquatune, Amarildo, Notorious Big, Tupac Shakur, entre outros. Segundo Daniel Garnet, estas referências são importantes para resgatar a história não oficializada, sendo uma das formas de mostrar que a história ensinada nas escolas é apenas uma das diversas centralidades do mundo. “Nossa ideia é ampliar essa visão por outras vias de conhecimento”, conta. 



   


Sobre o vídeo


O audiovisual ficou por conta do MC e produtor Robson Peqnoh. Desde a sua primeira produção, Com as Próprias Mãos, o videomaker vem dirigindo diversos videoclipes na região de Piracicaba e o mesmo processo aconteceu com o Afrocypher. “Quando o Underson Leitty veio com a ideia, eu me propus a realizar os vídeos. Desde o início a concepção dos vídeos é minha”, disse Peqnoh.

Dessa vez, a inspiração veio da obra A Revolução Não Será Televisionada, de Gill Scott Heron, música que remete à necessidade de as revoluções serem feitas fora da mídia, e também da falta de pertencimento das minorias frente às câmeras. “A revolução não será reencenada irmãos/ A revolução será ao vivo”, diz a música.
No clipe, Robson buscou evidenciar figuras negras brasileiras e internacionais para demonstrar a importância dessas pessoas dentro da nossa cultura e questionar a falta de reconhecimento das mesmas pela mídia e, consequentemente, pelo brasileiro.

Release por Jaqueline Altomani
Equipe Pegada de Gigante

email: pegadadegigante@gmail.com
Site - http://www.pegadadegigante.com

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