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Juiz que soltou jovem negro preso por engano se inspira em Djonga e Baco Exu do Blues

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Texto escrito por Henrique Oliveira ____________________________ André Luiz Nicolitt é magistrado há 19 anos, sendo um dos poucos juízes negros do Brasil, a sua recente decisão que ganhou repercussão nacional envolveu o habeas corpus concedido ao músico Luis Carlos Justino, que havia sido preso no Rio de Janeiro, após ser abordado por policiais militares e ser levado delegacia, onde ficou constatado que havia um mandado de prisão preventiva em aberto por roubo a mão armada ocorrido em 2017. Luis Carlos Justino acabou preso ao ser reconhecido através de uma fotografia como um dos homens envolvidos no assalto, sendo que na mesma data do ocorrido, Luis Carlos Justino estava se apresentando com a Orquestra de Cordas da Grota, em que é violoncelista. Em sua decisão, o juiz André Luiz Nicolitt questionou o fato de Luis Carlos Justino ser réu primário, de bons antecedentes, sem qualquer passagem pela polícia, mas está integrando um álbum de fotografias como suspeito. “Um jovem negro, violon...

Artigo | Skate x Hip Hop: Culturas marginalizadas em diálogo

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Muitas coisas contribuem para a pulverização do Hip Hop no mundo, e nem sempre só o que são considerados seus elementos essenciais dão conta de atingir grupos específicos. Na real, se formos pensar no "underground ruestre", pra grande maioria das pessoas o Hip Hop e o Skate sempre vão ser referenciais. Logo, não podemos desconsiderar a aproximação dessas duas culturas. Sim, vou considerar aqui o skate no macro, como cultura, que apresenta com o esporte, músicas, modos de vestir, expressões de arte, o próprio esporte em si, entre outras questões. O trecho do portal Skatecide representa bem sobre essa aproximação: "Os dois irmãos de uma mãe diferente - é assim que você pode explicar a relação entre a cultura hip hop e a cultura do skate. Embora esses dois não compartilhem sempre o mesmo cenário, a filosofia por trás deles é a mesma - é a luta constante entre expressão artística individual, credibilidade e autenticidade em um ambiente social rígido e pouco favorável...

Joey Bada$$ evoca o Voodoo como um simbolo de revolução igual no Haiti em seu novo clipe?

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O povo preto na diáspora vem resistindo há pelo menos 500 anos a ofensivas dos brancos. Neste ano de 2020 por conta do alto numero de pessoas que tem acesso a celulares com câmeras, as perversidades do Estado branco genocida têm sido filmadas em massa e isso tem mais do que nunca revoltado ainda mais o povo preto e tem tido a atenção da mídia. A brutal morte de  George Floyd  foi a gota d’agua ou o fogo num barril de pólvora para explodir a onda de protesto no Estados Unidos e em diversos lugares do mundo, já que a violência policial não é exclusiva do país do Tio Sam.  No dia 17 de julho o rapper Joey Bada$$ movimentou a cena com a capa de seu EP “The Light Pack” e o clipe da faixa “The Light”.  O clipe de  “The Light”  começa com o rapper participando de uma cerimonia voodoo. Antes do clipe começar, tem uma declaração do rapper que traduzimos. Confira:  “Em 16 de junho de 2020, escolhi participar de uma cerimônia tradicional de vodu em busca do renas...

D'Ogum nos proporciona uma viagem em podcast "Do Banzo ao Orun: O Futuro é Ancestral"

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O rapper D'Ogum fez a estreia do seu Podcast nomeado Do Banzo ao Orun: O Futuro é Ancestral , um podcast que proporciona uma viagem adentro dos universos e experiências existentes por trás do disco "Do Banzo ao Orun" , lançado em outubro de 2018, pelo mesmo.  O intuito do podcast não é analisar rimas ou questões técnicas do disco, mas sim utilizar o 5 elemento do Hip-Hop, o conhecimento, como um mecanismo de aquilombamento intelectual e espiritual. Através do aprofundamento de nossas experiências humanas enquanto pessoas pretas, é proposto assim, um movimento de revisitação a nossa própria essência enquanto seres divinos, com o intuito de nos potencializarmos cada vez mais. Dessa forma, a partir de suas experiências pessoais e também de uma cosmovisão africana, D'Ogum nos proporciona uma troca, onde passamos a ver não só o Hip-Hop, mas a música, a vida e tudo que nos cerca, a partir de uma perspectiva preta que sempre nos foi ofuscada.  “A obra se desdobra nos movime...

Fora da Caixinha | Trio Esperança: história, samples e curiosidade

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Salve, Salve pra geral! Vocês estão suave? Espero que todos estejam lavando as mãos, evitando aglomerações e usando corretamente a máscara.  O NP vai começar um quadro novo chamado “Fora da Caixinha”. Nesse quadro vamos trazer uma vez por mês um artista fora do rap, de preferência algo fora de qualquer vertente. Saca aqueles artistas que você descobre através dos samples? Então, a ideia inicial é trazer artista da velha guarda, que quase ninguém conhece. Mas nada impede também que falemos de alguém contemporâneo.  Vamos começar o quadro com o Trio Esperança. Ele não é tão mocado, mas o trio fez grande sucesso até meados dos anos 70. Então pode ser que muita gente não conheça. Eu mesmo, apesar de conhecer algumas músicas do trio, me aprofundei porque descobri que o  DJ Caique  sampleou o som “Encontro” da cantora Evinha (integrante do Trio Esperança até 1967) na música  “Não foi em vão”  da  Lívia Cruz.  Um simples sample me levou a esse quadro. Po...

Retratando o clima afetivo atual de alguns casais, Mulambo e Indy Naíse lançam o clipe "Meu Sim"

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A humanidade está passando por um momento pesado por conta da pandemia do Covid-19. Neste ano o   Dia dos Namorados   está sendo em meio a um isolamento social, o rapper   Mulambo   e a cantora   Indy Naíse   lançaram nesse dia, o single   “Meu Sim” . A faixa é um R&B bem gostoso, onde os artistas protagonizam um clipe que os retratam numa relação afetiva a distância, por conta das recomendações das entidades de saúde. O videoclipe também retrata outros casais, mas que estão juntos em quarentena.  A música foi escrita e produzida antes da quarentena, por conta disso a proposta do clipe foi adaptada para o contexto atual. Em meio ao isolamento social, os artistas vêm buscando formas mais que criativas para continuarem a produção e divulgação de seus trampos. Respeitando o período, o clipe foi captado à distância. Os casais realizaram as gravações de suas próprias casas, o que também traz uma estética intimista para o trabalho.  Esse R&...

O guineense Diima lança “Korson Di Tambur” (Coração de Tambor), seu 1° álbum solo

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Diima foi membro de um dos grupos mais legais dos anos 2000, Seven Lox (Dupla guineense de rap formado no Brasil) . Ouso até dizer que o Seven Lox era à frente de seu tempo, seja letras, produções e estilo. O grupo era formado por dois rappers de Guiné-Bissau que traziam toda sua africanidade e experiencia com os bangers e sons de pistas. “Hey Yo DJ” , “No Club” , “Quem é o Boss” , “Teu Show” , “Quero Voltar” , “Sexy” e  “Just Call Me” foram os grandes sons da dupla. O grupo finalizou suas atividades em 2018. Fora que o Diima é um produtor bem conceituado. Diima já produziu artistas como: Jimmy P, Projota, Afrocalipse, Negra Li, Kenia, Luccas Carlos, Leo Santana, Valeska Popozuda, Da Guedes, Caba l e muitos outros Vindo para 2020, Diima lança “Korson Di Tambur” (Coração de Tambor) , seu primeiro álbum solo de estúdio como cantor, compositor e produtor. O álbum marca sua transição para um artista solo após o fim do Seven Lox e uma reaproximação de suas raízes guineenses....